Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Sem Hindemburgo

Publicado em 11/06/2024 às 06:00.

Manoel Hygino*

Meticuloso nos seus projetos, Hindemburgo não quis interromper os afazeres ou qualquer compromisso de seus inúmeros amigos e companheiros de jornada terrena. Partiu no dia 28 de maio, um domingo, depois de o corpo ser velado na Academia Mineira de Letras, na rua da Bahia, em que ocupava a cadeira 20, cujo patrono foi o montes-clarense Arthur Lobo e fundador Franklin de Almeida Magalhães, sucedido por Emilio Moura, Wilson de Mello da Silva e Ariovaldo de Campos Pires. Tinha 82 anos.

Viveu sempre em efervescência, como se avaliará pela síntese distribuída pela entidade de escritores mineiros: “Hindemburgo Pereira Diniz iniciou suas atividades profissionais como Auxiliar de Advogado da Divisão Regional do SESI do Rio de Janeiro (1951 -1953). Atuou como Oficial-de-Gabinete, Secretário e Assistente do Ministério da Viação e Obras Públicas, nas administrações de José Américo de Almeida, Lucas Lopes e Rodrigo Octávio Jordão Ramos (1953-1956). Foi, também, assistente jurídico e advogado da Central Elétrica de Furnas (1957-1961); Diretor-Secretário do jornal Correio Braziliense (1961- 1965), assessor de fiscalização e Controle do Governo de Minas Gerais (1966), e coordenador do Projeto Rondon em Minas Gerais (1968-1969). Nomeado pelo Governador José de Magalhães Pinto Presidente do BDMG (1967-1970), foi, ainda, incorporador e Presidente da Fundação João Pinheiro (1970); Diretor da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – Abinee; Presidente da Associação Brasileira de Empresas do Nordeste (1980) e Presidente da Fundação João Pinheiro (1985-1987). Foi genro do Governador Israel Pinheiro da Silva e cunhado do Deputado Israel Pinheiro da Silva Filho. Publicou, dentre outros livros, A Monarquia Presidencial – Editora Nova Fronteira. Rio, 1984; Mícroetetrônico e Sociedade: Impactos de Tecnotogias Emergentes, Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, 1986; e Federação Hemiplégica e Semidemocracia –A realidade do Brasil, 2 volumes. Editado pelo BDMG. 2009”.

Também em maio, em 1932, no dia 16, Hindemburgo nasceu na Paraíba. Após o Brasil passar pelo maior movimento político de sua história até então, a Revolução de 30 no dizer do ex-governador Antonio Anastasia. 

Aos 18 anos, Hindemburgo transferiu-se para o Rio de Janeiro, acompanhando o pai, formando-se em Direito, venceu barreiras e conseguiu alcançar os altos cargos ocupados, em que se houve com ênfase e enorme capacidade de trabalho. Agora, deve fazer gols em outros campos, ao lado do também paraibano Hulk, do CAM.

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