Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Um planeta cansado

Publicado em 30/08/2022 às 06:00.

Por iniciativa do advogado e escritor (dentre outros títulos que tem), Napoleão Valadares, nascido em Arinos, realizou-se naquela cidade mineira, com patrocínio do município, um Encontro de Escritores em maio último, com participação de quatro autoridades em cada tema escolhido: Anderson Braga Horta, Eugênio Giovenardi, Marcos Silvio Pinheiro e Wilson Pereira.

Vou cingir-me hoje ao segundo, nascido em Casca-RS, formado em Filosofia e Sociologia, ecologista com especialização em água, autor de diversos livros e membro de várias Academias e do IHG do DF. Ele está convencido de que “o planeta da sinais de cansaço”. Argumenta: “A evolução tornou a espécie humana diferente de todas as outras vidas”. “Somos, no planeta, os únicos viventes a usar o fogo, a derrubar árvores, a cultivar os campos, a desviar o curso dos rios...”. Essas diferenças entre o ser humano e os demais seres vivos romperam a harmonia original do planeta”.

Acrescenta: “A Terra leva no cangote 8 bilhões de humanos e outros tantos bilhões de não humanos que disputam diariamente o alimento e água para sobreviverem e se reproduzirem. A população do Brasil, segundo o IBGE, é de 212 milhões de pessoas e, de acordo com as informações da Confederação Nacional da Agricultura, o rebanho bovino alcança o inacreditável número de 216 milhões de cabeças”. Uma imensidão.

Apenas para ilustrar a grande competição pela comida e pela água, temos a segunda população doméstica de cães, gatos e aves canoras e ornamentais em todo o mundo. O país é o terceiro maior em população de animais de estimação.

Interrompemos, mas não paramos. A ONU alerta os governos dos 190 países estabelecidos no planeta para o fato de dois bilhões de seres humanos, isto é, um quarto da população mundial, lutarem contra a desnutrição e a dificuldade de acesso a água potável... Além disso, as mudanças físicas e climáticas que a terra enfrenta há bilhões de anos, intensificaram  pela ação humana nos duzentos anos mais recentes.

E há muito mais, e esta realidade afeta a biodiversidade de toda a população mundial, especialmente nossos descendentes, que terão dificuldades enormes em administrar nossa herança climática e nosso espólio ecossistêmico.

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