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Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Uma lição válida

Publicado em 25/06/2025 às 06:00.

Enquanto ponderável parte do mundo se preocupava com as possíveis repercussões do conflito entre Israel e Irã, um capítulo mais na sempre perigosa disputa no Oriente Médio, outros olhos assistiam aos embates entre Elon Musk, o homem mais rico do mundo, nascido na África do Sul e residente nos Estados Unidos, e o presidente Trump, também riquíssimo empresário e à frente da Casa Branca pela segunda vez.

Nas redes sociais, Musk classificou a proposta de reforma fiscal de Trump de uma “abominação repugnante”, chegando a afirmar que o Congresso deveria considerar o impeachment do presidente. Trump, que não é de falar pouco, declarou que estava “profundamente decepcionado” com Musk, e ameaçou revisar os contratos e subsídios federais destinados a empresas ligadas ao empresário, como a Tesla e a SpaceX.

Para acalmar os ânimos, fontes próximas à Casa Branca informaram que já se cuidava de uma tentativa de reconciliação. Brigas de egos poderosos podem abalar grandes investidores e fornecedores estratégicos. A discussão me conduziu à leitura, pela segunda vez, de artigo publicado há algum tempo por Roberto Brant, que entende de desavenças dessa natureza. Ele traz uma lição que poderia bem servir aos dois contendores. Disse o ex-ministro da Previdência do Brasil: 

“O sistema de governo democrático, como o conhecemos hoje, nasceu com a fundação dos Estados Unidos.  Os debates que precederam a aprovação da sua Constituição de 1787 e que se mantiveram nos primeiros momentos da república, ainda hoje podem servir para nos ajudar a compreender os dilemas da vida democrática.

Mesmo com o risco de simplificar um debate muito mais complexo, podemos distinguir duas vertentes de pensamento que lutaram por supremacia na formação inicial dos Estados Unidos. Jefferson e John Adams, de um lado, afirmavam que só a virtude cívica seria capaz de sustentar a liberdade e que o desafio para os políticos seria a formação ou a reforma do caráter moral dos cidadãos”.

Se o conselho é útil aos dois poderosos do ramo de negócios de Tio Sam, também pode ser usado para aqueles que, em todos os recantos do planeta, contribuem para o sentimento de patriotismo em sua expressão plena e em qualquer época.

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