Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Unificando a língua

Publicado em 14/06/2025 às 06:00.

Para júbilo nosso, constatamos que Belo Horizonte vive presentemente um período de intensa atividade no campo literário, artístico e cultural, e todos queremos e fazemos de tudo para que não seja mera ebulição; algo momentâneo, de curta duração. Prestigiado por todos os meios de comunicação, assistimos a uma divulgação, com muita ênfase, de tudo o que se planeja, se projeta e se promove no âmbito de área que tão de perto interessa à sociedade.

O cidadão realmente sensível no que é valioso nesses misteres não tem o que reclamar. Há programação intensa com iniciativas locais ou de grupos e personalidades que vêm de outros estados e regiões, mesmo de vários países. São concertos, shows, encontros, colóquios, entrevistas, discussões, lançamentos, contidos em apertados horários que exigem agilidade e plena consciência para escolher o que quer ver, participar, agir.

É gente de primeira linha que chega e outros que entre nós se instalaram percebendo que têm vez e hora. Muito bom. Há o que festejar.

A Academia Mineira de Letras vive em permanente e integral ação. Assim, não posso deixar de registrar em maio, o 1º Colóquio Interamericano - Diásporas da Língua Portuguesa; que reuniu uma plêiade de convidados muito especiais, como Augusto Santos Silva, Paulo Henrique Britto, Conceição Evaristo, Júnia Ferreira Furtado, Bruna Franchetto, Luisa Buarque de Holanda, Sabrina Sedlmayer, Margareth Fonseca, Márcia Duarte e Makely Ka, além de outros tão insignes quanto.

As mediações foram de Jacyntho Lins Brandão, Sandra Goulart, Carolina Anglada, Marcos Alexandre, Ana Gomes e Fábio Bonfim Duarte.

Segundo Jacyntho Lins Brandão, presidente da Academia Mineira de Letras, cuja sede serviu ao colóquio, o encontro discutiu as diversas consequências das diásporas da língua portuguesa e o futuro do idioma, fraturado pela geografia, cultura e história. É algo, pois, da maior relevância porque a língua que falamos hoje não é a mesma da época da colonização, nem é a mesma a que aqui se utiliza e a usada em Moçambique, Angola ou Guiné-Bissau.

A unificação da língua é relevante para toda a grande comunidade. Minas Gerais embarcou nessa causa, que não pode ser perdida.

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