Se a divulgação de veículos de comunicação fosse tão eficiente como se desejaria, o problema já estaria resolvido. Jornais, revistas, rádios, televisões insistem na pauta da violência no Brasil, ininterruptamente, todos os dias e horas. Mas o desafio persiste; mais do que isso, amplia-se.
A violência não está mais somente nas ruas. Os lares se tornam cenário de crimes bárbaros, de que o feminicídio é demonstrado à suficiência. Mas hoje todo mundo sabe perfeitamente que a criminalidade se apossou de todos os recantos e da via pública, servindo como prova convincente e indisfarçável o noticiário da mídia.
Jornal de poucos dias atrás ressaltava que o Brasil vive uma epidemia de insegurança que se alastra nas grandes e nas pequenas cidades, como temos salientado. Já não se fala simplesmente nos danos à família e à sociedade.
Entretanto, estamos muito distanciados. Em algumas regiões deste nosso território - tão grande e insanamente aproveitado e estigmatizado - os índices de violência se inserem entre os mais altos do planeta. E a Imprensa, que os revela fartamente, não mente.
Outro levantamento indica as perdas para as empresas: a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo calcula que as companhias instaladas no território do vizinho estado deixam de faturar R$ 60 bilhões em cada ano, em decorrência da violência que inquieta a todos, permanentemente.
Atribui-se o fenômeno à incapacidade das autoridades, sejam federais, estaduais e municipais, para enfrentar o desafio, o que é uma lástima, mas realidade. O governo federal criou mais um ministério especificamente para o combate à criminalidade. Não se conseguiu êxito até agora, contudo, e seria exigir demais - vencer o repto em tão curto espaço de tempo. Há necessidade absoluta e inadiável de resultados, sem o que o país seguirá desperdiçando seu potencial econômico, levando o setor produtivo a comprometer o bem-estar (?) da população.