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Terça-Feira,30 de Abril

A vacina é para todas as idades

08/09/2021 às 18:17.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:50

Manuella Duarte*

Em todas as fases da vida, manter a caderneta de vacinação em dia é muito importante. A vacinação é a forma mais eficaz e segura de se adquirir proteção contra doenças infecciosas, como exemplo, algumas patologias consideradas graves, mas que felizmente tiveram surtos controlados à medida em que as pessoas passaram a se vacinar. Podemos citar sarampo, meningite, pneumonia e coqueluche. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina evita de dois a três milhões de mortes, ao ano.

Por isso, todas as vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde (MS), e que fazem parte do calendário nacional são fundamentais e devem ser aplicadas nas faixas etárias, esquemas e doses determinadas para que tenham uma adequada proteção. No caso dos adultos, o Ministério da Saúde recomenda que a partir dos 20 anos é preciso vacinar ao menos contra sarampo, caxumba, rubéola, hepatite B, febre amarela, difteria e tétano.

Já os idosos, é importante que pessoas acima de 60 anos tomem vacinas contra a gripe, pneumonia e meningite. O envelhecimento é acompanhado de uma queda natural de imunidade, tornando essas doenças mais predominantes em quem já possui idade avançada.

Mas o que vemos atualmente é um cenário preocupante. Com a baixa cobertura vacinal, doenças que já estão erradicadas podem voltar a circular e trazer sérios riscos à população.

Por conta da Covid-19, as pessoas passaram a se preocupar e vacinar contra o coronavírus, o que é essencial e correto. Mas a população não pode esquecer que outras doenças que são prevenidas com vacinas também são propícias de levar complicações, internações e até causar morte.

A vacina ensina o sistema imunológico a estabelecer meios de defesa contra agentes infecciosos. Mas, se continuar existindo queda vacinal, isso pode provocar o retorno de grandes surtos até então controlados no país.

De acordo com a Unicef, já são cerca de 80 milhões de crianças com menos de um ano de idade em situação de risco no mundo. E, por ano, quase dois milhões de crianças ainda morrem por falta de acesso às vacinas, muitas vezes pelo custo da administração, escassez dos sistemas de saúde e falhas no setor de saúde dos governos.

Voltando um pouco no tempo, conta a história que a primeira vacina surgiu no século XVIII, a partir dos estudos realizados pelo médico inglês Edward Jenner. Ele fez uma experiência comprovando que, ao inocular uma secreção de alguém com a doença em outra pessoa saudável, esta desenvolvia sintomas muito mais brandos e tornava-se imune à patologia em si, ou seja, a pessoa fica protegida. A partir daí, Jenner desenvolveu a vacina, começando por outra doença, a cowpox (tipo de varíola que acometia as vacas), ao perceber que as pessoas que ordenhavam as vacas adquiriam imunidade à varíola humana.

*Fundadora e diretora-geral da Maximune

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