Celebrando José Francisco ao som dos seus amigos do Clube da Esquina

Publicado em 21/05/2022 às 06:00.

Leopoldo Mameluque*

As curvas do aconchegante Edifício Niemeyer, a Praça da Liberdade e a noite belo-horizontina formaram um cenário perfeito para que os amigos mais próximos de José Francisco da Silva e os seus amigos do Clube da Esquina pudessem lhe homenagear.

José Francisco, ou Chico de Montes Claros, como também é conhecido, é o enraizado intelectual da rua Flor de Liz, do bucólico bairro Santa Tereza e de Belo Horizonte que, com sua mineiridade, seu jeito despojado e amigo de ser, conquistou e acompanhou aqueles meninos que frequentavam a sua vizinha rua Divinópolis, o Clube da Esquina.

Especializou-se em Psicologia Social e depois em Saúde Pública. Trilhando os caminhos de Minas no balançar de um velho trem, erradicou-se por um tempo em Montes Claros, mas sempre às voltas com os seus amigos do Clube da Esquina. Apaixonou-se pelo sertão, pelos gerais, pelas festas de agosto e pela musicalidade e cultura que permeiam o norte-mineiro.

Posteriormente, retornando a Belo Horizonte, tornou-se, também, Ouvidor da Polícia Militar de Minas Gerais e dedica-se à vida pública. Sente-se bem em cuidar de gente, de pessoas. Faz isto porque tem sempre consigo um brilho diferente e especial nos olhos, fogo que se irradia para aquecer o coração dos outros e palavras doces de carinho, água que fecunda e faz germinar amizade e esperança.

Envaidecidos, assistimos os velhos amigos lhe renderem lindas homenagens. Os irmãos Lô e Telo Borges, acompanhados de Beto Lopes e dos amigos Tavinho Bretas e João Diniz lhe saudaram com lindas e inesquecíveis canções... Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, Trem Azul, Tudo o que você podia ser, Nuvem Cigana, Paisagem da Janela, Clube da Esquina Nº 2, Quem sabe isto quer dizer amor e tantas outras.

Lô Borges, admirável, vibrava ao ouvir e cantar suas músicas. Nos mostrou uma inédita e recente composição que prepara para seu próximo álbum... encantadora, simples, magistral.

Telo Borges, com sua genialidade, nos presenteou, de forma especial, com suas composições Voa Bicho e Vento de Maio ao som de um violão improvisado que lhe agradecia cada acorde tocado. Posteriormente também se valeu dos acordes de uma velha acordeon Todeschini, verde madre pérola de 80 baixos, que, antes, calada, assistia a tudo embevecida.

Beto Lopes acompanhava a todos com o seu prodigioso violão de 7 cordas e, com sua musicalidade, fazia com que todos ali presentes se sentissem mais próximos daqueles amigos.

Foi uma noite memorável de muito agradecimento e de celebração a José Francisco, ao som dos seus amigos do Clube da Esquina.

*Juiz de Direito em Belo Horizonte

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