“A morte não existe para aquele que aprende a viver de verdade” ... Tolstói.
Numa certa noite ... Gilda e seu novo amigo ... um agente funerário ... resolvem fugir num rabecão para praticar um ato arriscado.
Porém ... no meio do caminho ... um bate papo do rapaz com um enorme cão de pelo preto ... acaba chamando “o seu adulto” de uma forma intrigante.
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento ... usando como meio de transporte excelentes filmes em exibição nos cinemas.
Eles me levaram para Lisboa ... Portugal ... onde fui recebido por Gilda ... uma imigrante brasileira ... a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
- Aprenda a não temer a morte e a olhá-la sem baixar os olhos ... ter consciência da morte desenvolve a sabedoria e enriquece a vida.
- A morte é a moldura que dá forma à vida.
- Se nós fôssemos eternos ... viveríamos adiando tudo ... é o prazo desconhecido que nos força a escolher o que não fazer na vida.
Gilda é a protagonista do filmaço “Sonhando Com os Leões” ... lindamente interpretada pela super atriz Denise Fraga.
Uma tragicomédia surreal com pitadas de “humor negro” sobre a vida ... o amor e ... a morte.
Um filme que aborda temas densos e sensíveis como tentativas de suicídio ... eutanásia ... entre outros ... de uma forma surpreendentemente leve ... bem humorada e muito reflexiva.
Gilda aparece quebrando a quarta parede para conversar com a gente na plateia.
Ela fala sobre como o diagnóstico de uma grave doença lhe gerou uma vontade de ser cada vez mais “ela mesma” com o passar do tempo.
Você já parou para pensar que a consciência da morte não é um peso ... mas um privilégio?
Porque ela nos liberta do tédio ... da mesquinharia ... do acúmulo inútil.
E nos convida a escolher o que mais importa ... a quem amar ... o que criar ... o que deixar como marca no mundo.
Quem se lembra de que vai morrer um dia ... encontra paradoxalmente ... uma liberdade inédita.
A de viver cada instante sem reservas ... como se fosse um último ensaio ... mas também como se fosse a primeira vez.
A história de Gilda me lembra o célebre trecho de um livraço do Psiquiatra Irvin Yalom onde ele cita sábios insights de Nietzsche:
Consuma sua vida e morra na hora certa... Evite a vida não vivida.
Primeiro realize, concretize seu potencial, viva corajosa e plenamente. E depois ... apenas muito depois ... morra sem arrependimentos.
*Palestrante ... Consultor e Fundador do Blog do Maluco.