Memória mineira de qualidade

Aristóteles Drummond
Publicado em 09/08/2022 às 06:00.

Minas tem sido pioneira no hábito de se preservar a memória de seus grandes filhos em livros, fotobiografias ou mesmo biografias.

Na área política, temos o grande legado de Murilo Badaró, que foram biografias como as dos udenistas Bilac Pinto, Milton Campos e de seus colegas de PSD Gustavo Capanema e José Maria Alkmin. José de Castro tem um bom livro sobre Itamar Franco e seu governo. Há as memórias de Juscelino Kubitschek, “Meu Caminho Para Brasília”.

Ronaldo Costa Couto tem obra sobre JK e Tancredo Neves, e escreveu um monumental livro sobre a família Klabin, que, pouca gente sabe, tem origem em Minas, com o casamento de Wolf com Rose Haas.  Ozanam Coelho teve bela biografia de Alisson Vaz. O governador Romeu Zema já publicou a história de sua família até chegar a Araxá. Murilo Badaró pede uma biografia, mineiro de presença nacional como homem público e intelectual.

Mas temos memórias de Newton Cardoso, Eduardo Azeredo. Faltam estudos sobre personalidades como Aureliano Chaves e Rondon Pacheco, e reeditar Francisco Campos, um dos grandes brasileiros do século passado e de Francisco Negrão de Lima, um estadista que marcou o Brasil e, em especial, o Rio de Janeiro em suas marcantes gestões. O que seria do Rio sem as obras de Negrão de alargamento da Av. Atlântica e os acessos a Barra da Tijuca? E Otacílio, o prefeito que fez a obra da Pampulha.

O Brasil precisa saber que vultos nacionais foram mineiros, desde Santos Dumont a Pelé e Guimarães Rosa. Assim como empresários que ganharam dimensão nacional e as grandes empreiteiras do Brasil, como Andrade Gutierrez, Mendes Junior, Cowan, Construtora Rabelo. Agora mesmo foi lançada bela obra assinada por Osório Couto, sobre o engenheiro e construtor Carlos Carneiro Costa, grande inovador, nome consagrado nos mercados de São Paulo, Brasília e da cidade “mineira” praiana de Cabo Frio.

Seria bem-vindo um projeto unindo governo e empresas mineiras para selecionar 30 nomes e editar ou reeditar obras para que as bibliotecas, no país todo, tenham uma coleção de mineiros notáveis desde sempre. Inclusive registrando a presença mineira nos tempos do Império.

O passado é um patrimônio inigualável na Minas da Inconfidência, da mineração, dos grandes nomes da nacionalidade.

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