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Segunda-Feira,29 de Abril

Os valores da mulher do campo

13/03/2018 às 14:08.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:50

Zé Silva

Na semana que se comemorou o Dia Internacional da Mulher, a  Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) lançou o selo “Aqui Tem Mulher Rural”, com o objetivo de identificar para os consumidores em feiras livres e demais pontos de comercialização os produtos feitos por mulheres do meio rural.

Lançado na 5ª  Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Brasília, o Selo Mulher é um reconhecimento social da importância da presença e do trabalho desempenhado por mais de 14 milhões de mulheres que vivem no meio rural brasileiro. E segundo o último censo demográfico, as mulheres são responsáveis pela renda de 42,4% das famílias rurais, índice maior que o verificado nas áreas urbanas, onde as mulheres respondem pela renda de 40,7% das famílias.

Portanto, fortalecer o empoderamento e o protagonismo da mulher do campo é uma ação importante para o desenvolvimento rural sustentável, não apenas pelo trabalho, mas ampliando sua participação na formulação e implementação de políticas públicas para as populações rurais. Sobretudo para as questões de infraestruturas sociais, como educação, saúde, moradia e outros direitos de cidadania.

Somando-se ainda a essa homenagem justa e expressiva da Sead,  as mulheres do campo são também tema da Conferência sobre a Situação da Mulher (CSW), que  segue até o dia 23, em Nova York. 2018 é considerado o Ano da Mulher Rural, daí a importância da CSW, um dos principais organismos para construção de políticas voltadas para a igualdade de gênero e ao cumprimento dos direitos das mulheres.

A desigualdade de gênero é uma das causas da pobreza no meio rural, pois impede maior protagonismo das mulheres, desconsiderando seu papel fundamental para o desenvolvimento sustentável. De acordo com o Censo Agropecuário de 2006, 12,68% das propriedade rurais brasileiras têm mulheres como responsáveis e contribuem não apenas com a segurança alimentar, mas também com os mencionados 42,4% da renda familiar.

Por tudo isso, é necessário que os governos e toda a sociedade valorize plenamente a mulher rural, construindo processos e políticas públicas que as incluam em sua formulação e implementação, garantindo assim o fortalecimento do desenvolvimento rural sustentável no país.
 

Agrônomo, extensionista rural, deputado federal pelo Solidariedade/MG

  

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