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Setembro Amarelo - evoluções e desafios da NR1

Publicado em 08/10/2025 às 06:00.

Rafael Sanchez*


O Setembro Amarelo é um momento importante para refletirmos sobre a saúde mental e a prevenção ao suicídio, e essa conversa precisa acontecer também no trabalho. Apesar das melhorias apresentadas pela revisão da Norma Regulamentadora nº 1, mais conhecida como NR-1, que reforçou o Programa de Gerenciamento de Riscos, ainda é raro vermos empresas, de fato, priorizando a saúde mental nos seus programas de prevenção.

É interessante notar que, enquanto todo mundo fala de EPIs, ergonomia e treinamentos de forma tranquila, falar sobre estresse, burnout, assédio moral ou sobrecarga ainda é visto com resistência. Muitas ações acabam ficando só em eventos pontuais, como o Setembro Amarelo, sem manutenção ao longo do ano, o que acaba deixando tudo muito fragmentado e sem efeito real.

Para se ter uma ideia da importância de se investir na prevenção, no Brasil, cerca de 30% das pessoas ocupadas sofrem com a síndrome de burnout, segundo dados recentes divulgados pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt). Já de acordo com a Justiça do Trabalho, o país registrou mais de 472 mil afastamentos por transtornos mentais apenas no ano de 2024. 

O cenário é preocupante. É exatamente aí que a tecnologia pode dar um salto. Chatbots inteligentes, por exemplo, já podem oferecer uma primeira escuta, orientar rapidamente e encaminhar os colaboradores para profissionais especializados, criando uma porta de entrada segura e confidencial para quem precisa de ajuda.

Programas de bem-estar nas empresas, integrados a aplicativos, ajudam a acompanhar indicadores de humor, estresse e qualidade do sono, além de dar dicas personalizadas de autocuidado.
Plataformas com inteligência artificial ainda conseguem analisar dados do clima organizacional e identificar sinais de risco antes que uma crise aconteça. Essas ferramentas não substituem o contato humano, mas aumentam o alcance das ações de saúde no trabalho.

A norma fala em prevenção e gerenciamento de riscos, então por que não deixar o risco emocional também como prioridade na estratégia das empresas? 

Quem investe em soluções tecnológicas nessa área está não só cumprindo a lei de uma forma mais completa, mas também mostrando que se importa de verdade com o bem-estar dos seus funcionários, com a sustentabilidade do negócio e com a vida de quem faz tudo acontecer. O Setembro Amarelo nos lembra que saúde mental não deve ser um tabu ou uma ação apenas pontual. É todo dia, o ano inteiro. 

A meu ver, entendo que o verdadeiro desafio é transformar boas intenções em ações contínuas, apoiadas tanto na legislação quanto na inovação. As ferramentas já estão aí, os exemplos de sucesso existem, tudo que falta é coragem para reconhecer que cuidar das pessoas é a melhor estratégia de futuro para qualquer empresa. Faça a diferença.

*CEO e fundador da Evolução Digital

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