
Um casal de moradores em situação de rua foram presos suspeitos de matar uma médica de 81 anos no bairro Bom Retiro, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, na segunda-feira (31). O corpo foi encontrado pela filha autista da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, Delma Saud Salles costumava ajudar essas pessoas com comida e dinheiro. Na manhã do dia do crime, um taxista que levava diariamente a médica para o trabalho, aguardava na entrada do prédio residencial quando viu a filha dela acenando para ele da janela.
Ele subiu e encontrou a vítima caída de bruços no chão da cozinha com uma blusa enrolada em volta do pescoço. Para a polícia, a filha da médica contou que, por volta das 6h, um usuário de drogas que sempre ia ao local pedir dinheiro e comida, foi até a residência. Ela então abriu a porta e deixou o homem entrar. Em seguida, ela saiu para comprar pão em uma padaria que fica próxima ao apartamento. Quando voltou para o imóvel, ela encontrou a mãe sozinha caída na cozinha.
Após buscas, militares localizaram a mochila e uma blusa jogados no jardim da fachada do prédio. Uma mulher, de 40 anos, que usava uma blusa de frio branca com gotas de sangue disse que sempre ia à casa da vítima para buscar dinheiro e comida.
Que pouco antes do crime, viu a filha dela saindo para ir à padaria e um homem entrando no local. A suspeita disse ainda que conhece o homem e que viu ele correndo pela rua algum tempo depois.
Entretanto, conforme a polícia, imagens de câmeras de segurança mostram ambos passando correndo no cruzamento da rua do Carmo com Doutor Ludovice.
Em seguida, a polícia realizou buscas em locais que frequentadores de drogas costumam ficar, onde localizou o suspeito, de 42 anos. No bolso da frente da bermuda dele, a PM encontrou o celular da vítima, além de um relógio, que foi confirmado pela filha da médica que pertencia a ela.
Durante as buscas no local, policiais localizaram debaixo de um sofá onde o suspeito estava sentado, uma blusa de frio, que ele estava usando no momento do crime, com alguns objetos roubados.
Conforme registro policial, o autor não parava de chorar no momento em que a ocorrência estava sendo redigida. “Agora é tarde”, disse o suspeito.