Ele, agora, é essencial

Publicado em 15/04/2022 às 06:30.

Pesquisa da Abrasel-MG feita entre 25 de março e 4 de abril com empresários do setor revela que 84% dos entrevistados fazem delivery. Desses, 41% passaram a oferecer o serviço de entregas após a pandemia.

O número, alto por sinal, desperta em mim algumas possíveis percepções: Se antes da era Covid o delivery não estava maciçamente presente nos formatos de venda do nosso segmento, acredito que isso se deve ao fato de que muitos não gostavam de fazer, não sabiam ou simplesmente achavam que era desnecessário. Ledo engano.

Como sabemos, tudo mudou depois do 20 de março de 2020, quando paralisamos nossas atividades por conta da chegada do vírus. A crise sanitária trouxe a máxima de que a única forma de sobreviver (ou pelo menos tentar sobreviver) ao período que cruelmente se impunha era, justamente, o delivery.

Nesse sentido, aqueles que interpretavam o canal de vendas online como não essencial, seja em função da simplicidade do cardápio que ofereciam ou porque acreditavam que para um tipo ‘x’ de gastronomia não cabia o delivery (um exemplo são as churrascarias, que no pré-pandemia não atendiam nessa modalidade), tiveram, obrigatoriamente, que se adaptar. Nos idos de 2020 não havia escolha: era se readequar ao que, então, era permitido, ou falir diante de tantos e longos meses fechados.

Agora, que todo o sufoco dos períodos mais severos de restrições parece ter ficado no passado, uma lição não pode ser esquecida: para os 16% dos entrevistados participantes da pesquisa que mencionei no início deste texto, que afirmaram não trabalhar com delivery ou já abriram mão da modalidade, deixo uma preciosa sugestão: vale muito a pena reconsiderar a gestão do seu negócio. Mesmo que as vendas online não sejam seu principal negócio, afinal, felizmente, estamos voltando para o calor dos abraços presenciais, é importante não abandonar este mecanismo em todas as operações de alimentação fora do lar. Estamos, sobretudo, falando não mais de uma tendência mundial, mas sim de algo necessário, uma carta sempre importante em nossos serviços.

Alguns ensinamentos da pandemia vieram, inegavelmente, para mudar a forma com a qual trabalhávamos no passado. O ontem não cabe mais. O que conta agora é o hoje e, principalmente, daqui em diante.

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