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Simone DemolinariPsicanalista com Mestrado e dissertação em Anomalias Comportamentais, apresentadora na 102,9 e 98 FM

Mega Help

Publicado em 11/09/2025 às 06:00.

Aconteceu este ano a quarta edição do evento internacional Mega Help com o objetivo de trazer luz  sobre a depressão e a ansiedade. Com uma linguagem jovem e um apoio prático e emocional para quem deseja dar um novo rumo à própria história, o evento se conecta à campanha Setembro Amarelo, maior campanha de prevenção ao suicídio do Brasil e do mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, sendo essa a quarta principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos. Além desses números serem assustadores, estima-se também que, para cada suicídio, pelo menos outras 20 pessoas tentem o mesmo ato. 

Sob o slogan “Não te julgo, te ajudo”, o evento tem como foco falar sobre o assunto, fortalecer o diálogo de forma aberta e esclarecedora e principalmente mostrar que é possível superar momentos difíceis e encontrar alternativas para recomeçar.

Muitos não entendem que depressão é uma doença e muitas vezes é até difícil fazer com que uma pessoa que nunca sofreu deste mal entenda o estrago que isso causa na vida de alguém.

Como toda doença psiquiátrica, existem graus de gravidade que vão desde a perda da condição de continuar ativo, de encontrar sentido na vida, sentir prazer. Não há ânimo para sair da cama, tomar banho e nem ao menos abrir a janela. É uma verdadeira morte em vida. Desde a distimia, uma depressão leve e crônica onde o indivíduo consegue exercer normalmente suas atividades, ir ao trabalho, namorar, casar, constituir família e ter um bom senso de humor, porém não há dentro de si uma pulsão de vida. Pelo contrário, há uma forte tendência em achar tudo sem sentido. A pessoa costuma achar tudo meio chato, prefere se isolar, aumenta o sentimento de negatividade, pessimismo, tende à irritabilidade, fobia social e vai aos poucos reduzindo sua vida a poucas atividades. 

As razões para desencadear um quadro depressivo são diversos (o que parece ser bobo para um, é grave para outro) e os sintomas, que variam de pessoa para pessoa, compreendem três aspectos:

Físicos: dores no corpo, sem causa aparente; roxos espalhados pelo corpo; alteração no sono: insônia ou hipersonia; sono não reparador; cansaço constante; sensação de corpo pesado; alteração no apetite: perda ou aumento de peso; alteração intestino: prisão de ventre. 

Emocionais: alteração de humor: tristeza ou euforia; angústia e sensação de vazio; desesperança; incapacidade de sentir prazer em atividades que antes eram interessantes; irritabilidade; isolamento; sentimento de inutilidade; baixa autoestima e sensação de se sentir um fardo; ideação suicida: vontade de morrer naturalmente ou vontade de se matar.

Cognitivos: perda de memória; dificuldade de concentração; lentidão mental: dificuldade para organizar as ideias. 

Tão importante quanto perceber a doença é procurar uma ajuda profissional sem preconceito ou vergonha. Afinal, pior do que adoecer é negar a existência de algo tão sério. Busque ajuda, depressão tem cura! 

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