Startup de lavagem ecológica de carros, além de sustentável, contribui com a geração de empregos CLT

Publicado em 02/11/2022 às 06:00.

A Wash Me é uma startup de gestão de lavagem ecológica de frotas que consegue utilizar em cada veículo apenas um copo d’água, ou seja, 400ml. Os produtos aplicados são sempre biodegradáveis e específicos para cada parte do automóvel, desde as lanternas até os assentos. Outro ponto alto do serviço é o sistema “delivery”, no qual a lavagem é realizada no lugar de estacionamento dos veículos. Dessa forma, a startup também reduz a circulação de grandes frotas, diminuindo a emissão de CO2.  Com mais de 205.511 serviços de lavagem realizados nos dois últimos anos, a empresa já evitou o desperdício de 61.653.300 litros de água e evitou a emissão de 34.3 toneladas de CO2. Na ponta financeira, o modelo também vem se provando: a startup saltou de um faturamento de R$160 mil em 2020 para mais de R$10 milhões somente nos primeiros 10 meses de 2022.

Para além dos evidentes benefícios ao meio ambiente gerados pela solução oferecida, a Wash Me vem expandindo sua atuação baseada também nas outras duas letras da sigla ESG: tratam-se do social e da governança.  Basicamente, seu serviço de lavagem é realizado na empresa do contratante e sua carteira conta com clientes em todo o País. Logo, a maneira de escalar com mais velocidade é conseguir credenciar lava-rápidos parceiros locais, tendo em vista a dimensão continental do nosso território.  Neste contexto, a startup vem investindo na profissionalização da sua rede, o que envolve a adesão de práticas de governança corporativa.

“Do ponto de vista da cultura e do negócio, entendemos que nossos parceiros precisam estar com seu empreendimento em dia, com colaboradores registrados no regime CLT, contabilidade redondinha para, aí sim, fazerem parte do nosso ecossistema. Então, nós fazemos um mapeamento dos negócios e empreendedores locais com maior potencial e os ajudamos a se adequarem às boas práticas. Não se trata de cobrá-los, nós os ajudamos na prática com toda orientação jurídica, com toda a papelada”, explica João Salvatori, CEO da Wash Me.

Até o momento, a empresa conta com 192 famílias envolvidas no negócio, um crescimento expressivo de  960% frente ao ano de 2020. E o mais interessante é que esses negócios começaram a crescer depois da adequação às práticas ESG.  “Antes de realizar a parceria com a Wash Me, minha empresa tinha apenas dois funcionários e só prestava serviços para clientes finais. Atualmente, temos clientes gigantes de diversos segmentos, temos 17 funcionários e faturamos 10 vezes mais do que antes da parceria”, conta Vitor Mendes, CEO da LCM, empresa parceira da Wash Me. Segundo ele, a atuação em sinergia com a startup – que acaba de completar um ano – ajudou na expansão de sua empresa, no reconhecimento do trabalho prestado e no fechamento de contratos que antes não teriam sido possíveis.

A pegada sustentável da Wash Me ajudou ainda a implementar de vez as atitudes sustentáveis em seus parceiros. Casemiro  Cristiano Gomes, da GESLAVE afirma que, quando fechou a parceria com a startup, todas as boas práticas de sustentabilidade foram adotadas pela empresa. “Nós desenvolvemos toda uma linha sustentável e eu converti tudo para a lavagem ecológica. Em relação ao consumo de água, mesmo o que não é lavagem a seco também é sustentável, pois fazemos o reaproveitamento da água da chuva”, conta.

Casemiro acrescenta ainda que, em um ano de parceria, o faturamento da empresa dobrou: “Saí de 30 mil reais, em meio a um período de crise e de pandemia, e chegamos ao ápice de 150 mil de faturamento. Estamos entrando em uma fase de geração de caixa novamente. Além disso, saltamos de dez funcionários para os 50 que tenho hoje”, comemora. 

Tendência global
A relação entre adoção de práticas ESG e geração de emprego e aumento no volume de negócios não é um caso isolado da Wash Me. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), ações que têm como objetivo promover uma economia mais sustentável devem gerar cerca de 24 milhões de empregos no mundo até 2030. No Brasil, uma pesquisa desenvolvida pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) mostra que a maior parte das empresas do País possui programas para reduzir o impacto ambiental, como reciclagem (92%), economia de energia (84%), entre outros.

Vale ressaltar que essas medidas não são adotadas apenas pelas grandes empresas. Cada vez mais as pequenas e médias (PMEs) ocupam um espaço de destaque na geração de vagas de emprego formais no Brasil e representam, de acordo com estudo conduzido pela Microsoft, 70% do PIB global. No que tange o ESG, a pesquisa indica que as companhias que aderem a planos de redução de impacto ambiental, diversidade e inclusão, e criação de novos empregos têm maior facilidade para atingir objetivos comerciais.

“Ficamos imensamente felizes em colaborar para um mundo melhor sob vários aspectos, protegendo o meio ambiente, gerando emprego e proporcionando que bons empreendedores consigam escalar o seu negócio. É um conjunto de ações positivas, com boas práticas que resultam em bons negócios para todas as partes envolvidas”, finaliza João.

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