Logotipo Rádio HED

Redação: (31) 3253-2226

Comercial: (31) 3191-5929

Redação: (31) 3253-2226 - Comercial: (31) 3191-5929

Cristiano CaporezzoAtua, hoje, como Deputado Estadual pelo PL/MG. Cristão, é Policial Militar, Advogado e Escritor.

Anistia já e a perseguição implacável contra Jair Bolsonaro

Publicado em 12/11/2025 às 06:00.

A chefe de gabinete do ministro Alexandre de Moraes visitou três espaços dentro do Complexo da Papuda que poderiam servir para dar continuidade à suprema humilhação contra o presidente Bolsonaro. O gesto, ainda antes de qualquer sentença definitiva, simboliza a inversão de prioridades de um sistema que se antecipa à condenação de maneira torpe e obscena objetivando, não a aplicação da lei, mas sim um claro projeto de vingança pessoal.

Agora, vejam o tamanho desse paradoxo: o governo do Distrito Federal solicitou uma avaliação médica para que a saúde de Bolsonaro fosse considerada em eventual cumprimento de pena — mas Moraes negou alegando que, sem sentença, “não há objeto a ser analisado”. A incoerência é gritante. Não há decisão, mas já existe um presídio cogitado. O que virou a justiça brasileira?

Quando contrastamos tais fatos com outros episódios recentes, o que se vê é a sangria de todo o sistema judicial. Lula cumpriu pena em instalações da Polícia Federal de Curitiba com conforto irrefutável: esteira ergométrica, ar-condicionado, televisão, mesa de escritório, frigobar e espaço comparável a um bom kitnet, jamais a uma cela. Michel Temer permaneceu quatro dias detido em ambiente sem grades e com regalias semelhantes, enquanto Fernando Collor, após décadas de escândalos e processos, ficou preso apenas seis dias — em cela privada, com móveis de casa e frigobar, e foi para prisão domiciliar alegando, vejam só, uma insônia crônica. Nenhum deles foi remendado ao longo de sete longas operações, após um atentado cometido por um ex-militante do Psol. 

Um país que anistiou assaltantes de banco, sequestradores e autores de atentados a bomba — muitos dos quais posteriormente agraciados com cargos públicos — agora ameaça punir, de forma “exemplar”, um homem com 34 anos consecutivos de mandatos concedidos pelo voto popular sem jamais se envolver em um escândalo de corrupção. Que moral existe nesse desequilíbrio? A atrocidade é luminosa como uma calvície reluzente.

A questão vai além de um nome. Trata-se do que o Brasil está permitindo acontecer com seus próprios cidadãos. Quantas pessoas ainda aguardam por justiça após o 8 de janeiro? Poucos sabem, mas 141 seguem presas, sendo 112 já condenadas e 29 ainda em prisão preventiva. São pais, mães, filhos e filhas vivendo o sofrimento diário de uma espera sem respostas. Muitos não foram acusados de violência, mas estão pagando o preço de terem ousado questionar o sistema. Para o resto do país, o tema é distante; para essas famílias, é uma dor dilacerante que os consome todos os dias.

O tempo é o bem mais precioso que possuímos — e nenhum tribunal, sentença ou pedido de desculpas é capaz de devolver o tempo arrancado de uma vida. O tempo dos abraços perdidos, dos aniversários esquecidos, das lágrimas silenciosas. O tempo de quem foi separado de quem ama. Essa é uma dor que não prescreve, porque destrói o que há de mais humano: a convivência e o direito de existir em liberdade.

A tentativa do sistema é clara: sufocar a voz do povo, apagar a chama da coragem, destruir o sentimento de liberdade. Mas há algo que nunca será aprisionado — a consciência de quem lutou por um país mais justo e livre. A anistia não é um favor; é um ato de justiça, humanidade e reparação. É a devolução simbólica da dignidade a quem já pagou caro demais por exercer o direito de se manifestar.

É hora de despertar. De unir vozes, estudar o tema, dialogar em casa, nas ruas, no trabalho. O Brasil precisa enxergar a brutalidade cometida contra tantas famílias. Num país em que os criminosos são tratados como vítimas e os cidadãos como culpados, silenciar é consentir. Nenhum poder é maior que o do povo — e se o povo soubesse a força que tem, nenhuma prisão seria capaz de conter a verdade.

A hora da anistia é agora. A data é hoje. O presente é o tempo da ação, e o futuro depende da coragem de quem se recusa a aceitar a injustiça como destino.

A Direita, caros leitores do Hoje Em Dia – mais do que nunca – vive em Minas Gerais e no Brasil.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por