Logotipo Rádio HED

Redação: (31) 3253-2226

Comercial: (31) 3253-2210

Redação: (31) 3253-2226 - Comercial: (31) 3253-2210

Cristiano CaporezzoAtua, hoje, como Deputado Estadual pelo PL/MG. Cristão, é Policial Militar, Advogado e Escritor.

Somos 213 milhões de tiranos? A resposta está aqui

Publicado em 09/07/2025 às 06:00.

Jair Messias Bolsonaro tornou-se o centro das atenções do planeta, dada a indignação do homem mais poderoso do mundo com as fraturas expostas do nosso suposto Estado Democrático de Direito. Tenho aprendido que ineditismos históricos são contextos a partir dos quais devemos nos debruçar, refletir, organizar as ideias e, para o segmento no qual estou, sobretudo agir. 

Como um específico agente público, sobre quem ainda não tecerei adjetivos (ainda, repito) costuma dizer, "nunca antes na história deste país" um líder do G7 havia dissertado sobre um dos 193 países do mundo, em 1026 caracteres, como fez o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que é o comandante em chefe da maior potência militar e econômica do planeta. Quando abordam quaisquer temáticas, os norte-americanos costumam dissertar de maneira curta e direta. Isto não foi o que mais de 8 bilhões de pessoas, na Terra, puderam ter ciência através da manifestação cristalina do ex-apresentador de O Aprendiz! 

Chegou a hora do mundo virar os olhos para o tribunal em que o líder da maior facção criminosa do continente foi condenado a 12 anos de cadeia, enquanto uma mãe de família que utilizou o batom na estátua da justiça do STF, por sua vez, foi condenada a 14 anos de prisão. Ora, quem realmente está tratando a “Lady Justice” como uma garota de programa que se vende por uma pedra de crack: Débora ou os iluministros que permitiram uma pena menor para o comandante do PCC? 

Recentemente, a ministra do STF, Carmen Lúcia, que embora nascida em Minas Gerais, a este parlamentar não traz orgulho ou gratidão, tipificou 213 milhões de brasileiros como "pequenos tiranos-soberanos". Definitivamente, a corte máxima da justiça deste país não anda em condições de medir o povo com a sua própria régua. Primeiro, porque pesquisas apontam até 12% de aprovação do trabalho do poder judiciário brasileiro. Esta, a que me refiro, foi realizada por um famoso instituto de pesquisa, entre 14 e 16 de dezembro de 2024. Segundo, visto que Donald Trump, que tem 342 milhões de vidas para cuidar diretamente, além de responsabilidades bélicas imensas diante da geopolítica mundial, precisou dedicar tempo, energia e dedicação para frear o que ele próprio chama de "caça às bruxas, dia após dia, noite após noite, mês após mês e ano após ano". Ainda exige, em caixa alta: DEIXEM BOLSONARO EM PAZ! 

Caros leitores, lembrem-se que, gostem ou não (cada cidadão e seu respectivo livre arbítrio), estamos falando de um homem que parou uma guerra com “toneladas de democracia" lançadas pelo bombardeio Spirit B-2 e o primeiro emprego operacional do MOP (Massive Ordnance Penetrator), também conhecido como "bomba antibunker". Qual foi a resposta do mundo? Bom, os envolvidos no conflito recuaram e Donald Trump foi, nesta semana, indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Estas bombas não mataram pessoas — elas eliminaram estruturas capazes de enriquecer urânio e produzir, aí sim, instrumentos capazes de matar pessoas. Por mim, este Nobel da Paz deveria reunir todos os vencedores vivos do prêmio, para juntos entregarem, com tapete vermelho estendido (em alusão ao Partido Republicano, não me entendam mal), a consagração ao presidente norte-americano.

É justamente aqui que escancaro a hipocrisia de quem disse, de modo patético, "dê palpite na sua vida e não na nossa". Sério mesmo, senhor Lula da Silva? Felizmente, tenho apreço pelo que é empírico, e não pela retórica vazia e etílica de terceiros. Vamos aos fatos que este respeitado jornal merece. Quem, há seis dias, levantou uma placa escrita "Cristina Livre", dentro da prisão em regime domiciliar, em que está Cristina Kirchner? Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do prêmio Nobel da Paz de 1980, foi quem entregou a placa à presidiária condenada por administração pública fraudulenta. Mas não sou preguiçoso. Sei que quem lê merece a dignidade da história, e não devaneios: a foto em que posaram Kirchner, Lula e Adolfo Pérez reúne três pacifistas? Bem, só se o critério for ter sido preso. Os três foram. 

Não. Nós não somos um país de 213 milhões de tiranos. Se fôssemos, o sujeito mais influente e poderoso do mundo não estaria utilizando passagens como "ele foi um líder forte, que realmente amava seu país — além de ser um negociador muito duro em COMÉRCIO", "Estarei acompanhando muito de perto a CAÇA ÀS BRUXAS contra Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores" e "O único julgamento que deveria acontecer é o julgamento pelos eleitores do Brasil — isso se chama eleição". Lembrem-se do que disse o presidente Bolsonaro: “quando acaba a saliva, tem que ter pólvora”. Jamais desejamos o pior. Logo, que a justiça nesse país se restabeleça, de imediato, para que voltemos a ser manchete por questões triviais, e não pelo homem mais rico do mundo ser xingado por uma primeira dama ou o presidente da mais forte nação do planeta tomar seu tempo para confrontar uma realidade na qual valores como a justiça, a democracia, a fé, o direito e a liberdade estão integralmente sob suspeição.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por