Pantera Negra não contribui ao debate, mas diverte

Estadão Conteúdo
15/02/2018 às 10:43.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:22
 (Divulgação/Marvel)

(Divulgação/Marvel)

Pantera Negra / Black Panther
(EUA/2018, 134 min.) Dir. de Ryan Coogler. Com Chadwick Boseman, Michael B. Jordan, Lupita Nyong’o

O cineasta Ryan Coogler tem feito filmes interessantes sobre a questão racial na América - é o caso de Fruitvale Station - A Última Parada (2013) e Creed: Nascido para Lutar (2015). Por conta disso, havia a expectativa de que Pantera Negra, sobre o herói negro dos comics, pudesse ter um efeito semelhante ao de Mulher Maravilha, no ano passado.

O longa de Patty Jenkins, de alguma forma, impulsionou o debate sobre o empoderamento feminino. Pantera Negra decepciona como contribuição ao debate da negritude. Coogler cria a oposição entre um negro conciliador e outro, radical. Chadwick Boseman vs. Michael B. Jordan.

É como estar de volta aos anos 1960 - abaixo a ideologia dos Panteras Negras. Não é só uma questão de ideologia. Algumas soluções - a poção mágica que dá poder ao herói e, depois, ao antagonista - não estão bem resolvidas. Mas é possível ver o filme com certo prazer. A direção de arte, que une o futurista e o primitivo, é prodigiosa. O elenco negro é ótimo. O problema é que, pela importância do tema, podia-se esperar muito mais.
 

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