Partidos mudam de estratégia e buscam novos nomes para disputar a PBH

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
05/07/2015 às 08:14.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:46
 (Hoje em Dia)

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As eleições de 2014 mal terminaram e os partidos já começaram as articulações para o pleito de 2016. De lá para cá, muitos nomes foram aventados para a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte: pré-candidatos, em sua grande maioria, tidos como baluartes das legendas, com extensa ficha na área política. Há 15 meses da disputa, com os debates e alianças a pleno vapor, o cenário já se mostra favorável para uma mudança de estratégia e, nos bastidores, já são aventados novos nomes para a corrida à PBH.
Um deles é o secretário de Obras e Infraestrutura da capital, Josué Valadão. Apadrinhado pelo prefeito Marcio Lacerda, Valadão pode acabar sendo o elo entre PSB e PSDB. As duas legendas já deixaram claro que costuram um acordo para lançar uma candidatura que possa garantir a vitória nas eleições municipais. Para isso, o nome indicado por Lacerda selaria a aliança se filiando ao PSDB. Uma saída que agradaria ambas as partes. Mas o assunto ainda é tratado apenas de forma não oficial. Formalmente, as legendas assumem as negociações, mas não cravam nenhum posicionamento final.
“Tudo é possível, mas ainda vamos conversar muito até 2016. Vamos trabalhar pela cabeça de chapa por entender que a Prefeitura de BH é muito importante para a legenda”, afirma o secretário de finanças do PSB estadual e ex-presidente da legenda na capital, João Marcos Lobo.   “O PSB é um partido que ajudou muito o PSDB a governar em Minas e essa aliança se tornou ainda mais forte após a saída dos parlamentares do PSB da bancada do governo na Assembleia. Queremos continuar essa aliança que deu tão certo”, alega o deputado tucano João Leite.   Novidade   Outro acordo que já está bem alinhavado nos bastidores envolve o PT e o PMDB. Dessa junção também deve sair um nome novo para a disputa pela PBH. As duas legendas já aventaram diversos “pesos pesados” para o pleito, mas a escolha consensual entre as legendas deve ser por uma novidade, ainda em análise.   Pelo PMDB, já foram divulgados como possíveis candidatos os deputados Leonardo Quintão, Laudívio Carvalho, Iran Barbosa, Adalclever Lopes e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Sávio Souza Cruz. “O senso comum no partido é ter uma candidatura própria. Ainda está muito cedo para discutir alianças com pretensão de cabeça de chapa”, avalia o secretário.
No PT, que já ventilou os nomes de Gabriel Guimarães, Helvécio Magalhães e Miguel Corrêa Júnior, a fala oficial também é pela candidatura própria. “Nosso objetivo é construir uma aliança com a base aliada do governador (PT, PMDB, Pcdo B, Pros, PRB). A gente compreende que temos força política para liderar, mas qualquer partido pode apresentar o candidato a prefeito ou vice”, explica o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Corrêa Júnior.
  aída   Um novo nome para representar a aliança entre PT e PMDB também serviria para trazer gás para a chapa. Nos bastidores, o temor é que as suspeitas de envolvimento de petistas no escândalo da Petrobras e na operação “Acrônimo”, que investiga caixa 2 na campanha do governador Fernando Pimentel respingue na candidatura para PBH em 2016.   Alguns nomes como Dinis Pinheiro (PP), Luzia Ferreira (PPS) e Wellington Magalhães (PTN) correm por fora para garantir presença na disputa eleitoral   Com menos força para a briga pela PBH em 2016, aparecem nomes como o vice-prefeito Délio Malheiros (PV), o deputado federal Eros Biondini (PTB) e o deputado estadual Fred Costa (PEN)   Legendas se articulam para garantir presença no pleito de 2016   Para além das alianças já postas para a disputa pela PBH, outros partidos também se articulam para garantir presença no pleito. O PDT, que tem bom trânsito com o PSB e com o PSDB, já fala em lançar um nome para vice em uma eventual chapa com os parceiros. Mesmo com as conversas já bem adiantadas entre os tucanos com o PSB, para o presidente do PDT em BH, deputado Sargento Rodrigues, nada está definido.   “Até as eleições, ainda vamos ouvir muitas costuras de todas as partes, mas nenhum partido vai se antecipar e bater o martelo. Estamos também conversando com ambos os partidos em busca de entendimento”.   Por sua vez, o PSDB já ventilou os nomes de João Leite, Rodrigo de Castro, Antônio Anastasia e João Vítor Xavier. Mas a costura com o prefeito garantiria vitrine nacional ao senador Aécio Neves, que poderia aproximar-se do PSB.
Assim como outros partidos, o PDT enxerga o momento como favorável para novas candidaturas.   “O cenário político para 2016 é caracterizado pela busca das pessoas por um nome diferente, que inspire a confiança. As figuras repetidas, trabalhadas há mais tempo, acabam virando balão de ensaio”, aposta Rodrigues.

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