
A taxa média geral de desemprego no Brasil em 2020 foi de 13,5%, conforme o IBGE. Os índices foram agravados pela emergência em saúde pública provocada pela pandemia do novo coronavírus, que levou ao encerramento de milhares de negócios país afora.
Quem perdeu o emprego e ainda não conseguiu restabelecer as finanças precisa organizar-se financeiramente para passar pela crise de maneira menos traumática. Por mais que pareça impossível, é preciso centrar esforços numa reestruturação financeira e ficar prevenido para outros possíveis imprevistos.
Confira dicas do educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros.
- PAGAR DÍVIDAS IMEDIATAMENTE?
Se estiver endividado, por mais que pareça correto querer quitar as dívidas com o acerto, isso pode ser um erro, pois poderá ficar sem reserva para cobrir gastos à frente. Planeje-se antes de tomar qualquer decisão.
- CRIE UMA RESERVA ESTRATÉGICA
É preciso ter dinheiro guardado para as despesas, mas, eventualmente, para investir em cursos e retomar a carreira. Retenha os valores de fundo de garantia, seguro-desemprego e férias vencidas e só mexa neles depois de traçada uma estratégia.
- ANALISE A PRÓPRIA REALIDADE
Levante todos os gastos mensais, minuciosamente, desde o cafezinho às parcelas da casa própria. Em caso de dívidas e parcelamentos, some-os também. Nada deve passar despercebido.
- CONGELE FERRAMENTAS DE CRÉDITO
Cartões de crédito e de loja, cheque especial e outras ferramentas de crédito fácil devem ser prioritariamente esquecidas. Evite-as mesmo em caso de emergência, pois, caso não consiga pagar, os juros serão exorbitantes, criando um caminho de difícil volta.
- FAÇA UMA FAXINA FINANCEIRA
Corte gastos que não agreguem em sua vida. Dentre os gastos que devem ser repensados podem estar TV a cabo, conta de celular e refeições fora de casa. Priorize o que for realmente fundamental.
- MUDE O PADRÃO DE VIDA
Nos momentos de dificuldade, a humildade é um diferencial. Então, o primeiro passo para mudar sua realidade é aceitar que seu padrão de vida mudou, e não viver de aparências.
- NEGOCIE AS DÍVIDAS
Busque os credores e seja franco, mostrando que não deseja se tornar inadimplente, mas que não tem condições de pagamento. Tente reduzir juros e esticar os débitos. Priorize dívidas com juros mais altos e com bens de valor como garantia.
- FAÇA "BICOS"
Mesmo que não seja em sua área de atuação, busque fontes alternativas de ganhos. Deixe o orgulho de lado e busque garantir um mínimo de renda.