Piñera troca oito ministros no Chile, incluindo seu 'braço direito'

Estadão Conteúdo
Publicado em 28/10/2019 às 16:24.Atualizado em 05/09/2021 às 22:26.
 (José Cruz/Agência Brasil )
(José Cruz/Agência Brasil )

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, realizou mudanças em seu gabinete nesta segunda-feira (28) com a troca de oito ministros, após 11 dias do início da crise desencadeada por protestos que exigem mudanças sociais no país.

Sebastián Piñera

Piñera já havia pedido que todos os ministros colocassem seus cargos à disposição


Os jornais La Tercera e Diario Financiero destacam a saída do agora ex-ministro do Interior Andrés Chadwick, considerado "braço direito" de Piñera, de Felipe Larraín do Ministério da Fazenda e de Cecilia Pérez da Secretaria-Geral do Governo. Nestas três pastas, assumem Gonzalo Blumel, que até então era ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Ignacio Briones e Karla Rubilar, respectivamente.

Segundo o La Tercera, as mudanças "atacam o coração do governo". Já o Diario Financiero aponta o "descontentamento das ruas com algumas declarações dos ministros" como a causa de suas quedas.

Cecilia Pérez, no entanto, continuará no governo como ministra de Esportes no lugar da agora ex-ministra Pauline Kantor. Já no lugar de Blumel, na Secretaria-Geral do Governo, assume Felipe Ward. O agora secretário-geral era até então ministro de Bens Nacionais, pasta que foi assumida por Julio Isamit.

Além disso, Nicolás Monckeberg deu lugar a María José Zaldivar no Ministério do Trabalho e Juan Andrés Fontaine foi substituído por Lucas Palacios no Ministério da Economia. Até o momento, Palacios era subsecretário de Obras Públicas.

O presidente chileno havia anunciado a reforma ministerial no sábado, quando pediu que todos os ministros colocassem seus cargos à disposição. Em discurso em frente ao Palácio La Moneda, sede do governo chileno, Piñera disse que o novo gabinete deverá enfrentar "as novas demandas e os novos tempos".

O auge dos protestos no Chile, que exigem mudanças nas aposentadorias e nos serviços públicos, foi no sábado, quando mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas. Até o momento não há registro de manifestações nesta segunda-feira.

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