Para evitar dificuldades políticas futuras, o governador Fernando Pimentel (PT) mudou o estilo e chamou para encontro, nesta terça (26), os setes líderes de sua base aliada na Assembleia Legislativa. A reunião acontece após o agravamento da turbulência nacional entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o Legislativo, que conduz processo de impeachment contra ela. O objetivo foi de reaproximação, em meio a rumores de conflitos com o PMDB, e de valorização dos aliados, que, no atual governo, têm se queixado de não serem ouvidos sobre os rumos da administração.
Durante o almoço, Pimentel e secretários anteciparam projetos de readequação administrativa do Estado, com fusões e até criação de secretaria. Serão fundidos órgãos afins, como por exemplo, o Departamento de Obras Públicas e o Departamento de Estradas e Rodagens. De novo, a criação da Secretaria do Sistema Prisional, que será desmembrada da Defesa Social, que passará a se chamar Segurança Pública.
Sete líderes governistas
Já que a reforma ou readequação administrativa é a bola da vez, a base aliada do governador também sofreu mudanças na Assembleia. Agora, são sete líderes. O PSD, que ganhou dois deputados, tem seis, e virou bancada (o número mínimo é de cinco), será liderado por Cássio Soares; o PMDB, por João Magalhães, e o PT, por Cristiano Silveira. Além deles, Agostinho Patrus (PV), Durval Ângelo (PT), líder do governo, Rogério Correia (PT), líder do bloco governista, e Vanderlei Miranda, líder da maioria.
João Leite tenta apoio de Aécio
O deputado e pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte, João Leite (PSDB), viajou, nesta terça (26), para Brasília, onde se reuniu com o presidente nacional tucano, senador Aécio Neves, para tentar arrancar dele apoio ou incentivo a sua candidatura. A segunda intenção seria mandar recado ao prefeito da capital, Marcio Lacerda (PSB), que mantém a disposição de candidatura própria. Aliados duvidam que o tucano consiga ouvir a declaração de Aécio.
Barba, cabelo e bigode
Dizem que eleições são a verdadeira pesquisa. Sendo assim, a gestão do presidente do Tribunal de Justiça de Minas, desembargador Pedro Bitencourt (2014/2016), que termina em junho próximo, deve ter aprovação interna de 90% (afinal, não existe a unanimidade). A conclusão é feita com base nas eleições para os cinco dos seis cargos diretivos do Tribunal para o próximo biênio 2016/2018, realizadas na segunda-feira (25), quando o grupo de Bitencourt elegeu seus candidatos para presidente, 1º, 2º e 3º vice-presidentes e corregedor-geral. Previsto internamente, o desempenho do grupo contrariou as previsões de caros escritórios que julgavam conhecer a realidade do Judiciário mineiro.
Condenação tamanho família
Além de pagar multa de quase R$ 250 mil, o ex-prefeito de Brumadinho Avimar de Melo Barcelos (PSDB), o Neném da Asa, foi condenado pelo TRE mineiro e pode ficar impedido de disputar as eleições deste ano. Cabe recurso da decisão. Publicada no dia 30 de março, a sentença deixa também inelegível seu irmão, o Cid, por oito anos, porque a faculdade Asa, administrada por ambos, fez doação eleitoral acima do permitido pela lei, em 2014. Ainda assim, Neném da Asa garante que irá disputar a prefeitura nas eleições de outubro.