Pimentel responsabiliza governos anteriores pela perda de usinas da Cemig; veja o vídeo

Amália Goulart
amaliagoulart@hojeemdia.com.br
Publicado em 27/09/2017 às 14:07.Atualizado em 15/11/2021 às 10:45.
 (Pedro Vieira)
(Pedro Vieira)

A derrota da Cemig no leilão pela manutenção das quatro usinas hidrelétricas que representam 50% dos ativos de geração de energia desembocou em ataques políticos entre lideranças mineiras. O governador Fernando Pimentel (PT) publicou, nas redes sociais, um vídeo em que acusa governos passados pelo resultado auferido hoje.

 

“Tentamos de todas as formas possíveis uma negociação com a União que permitisse que a Cemig continuasse operando essas usinas. Infelizmente não encontramos espaço no governo federal para atender a essa justa demanda dos mineiros. Verdade também que essa situação poderia ter sido ajustada pelos governos estaduais que nos antecederam, sem custo para a Cemig, com a adesão da Medida Provisória 579. Infelizmente não foi esse o entendimento na época”, afirmou.

 

Pimentel referiu-se às gestões tucanas (Aécio Neves e Antonio Anastasia). Em 2012, a presidente Dilma Rosuseff (PT) reformulou o setor elétrico, por meio da Medida Provisória, e ofereceu às empresas a possibilidade de renovação dos contratos de outorga das hidrelétricas, desde que cumprissem com condicionantes, a mais polêmica delas foi a que obrigou a redução do preço da energia. O governo mineiro estava sob a administração de Anastasia. É o Estado o maior acionista da Cemig. Assim, a Companhia optou por não aderir à MP. Daí, os contratos venceram e houve o leilão de hoje.

 

PT e PSDB uniram-se nas negociações por um acordo que permitisse à Cemig ficar com Miranda, Jaguara, São Simão e Volta Grande. União essa que desfez e transformou-se em embate político tão logo o resultado sagrou-se: Cemig não ficou com nenhuma das usinas.
Por meio de nota, os deputados do PSDB mineiro (ala aestadual) atacou a MP editada por Dilma Rousseff. “O bloco de oposição na Assembleia Legislativa de Minas Gerais lamenta que, por total irresponsabilidade do PT, a Cemig tenha perdido as usinas hidrelétricas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande no leilão realizado nesta quarta-feira (27/9), sem sequer ter apresentado proposta para mantê-las como patrimônio dos mineiros. A perda das usinas decorre de uma sucessão de erros da gestão petista, iniciada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2012, com a edição da malfadada MP 579, que provocou a falência do setor elétrico no país”, afirmou o bloco em nota.

 

“As lideranças petistas em Minas preferiram defender sua correligionária. Apoiaram uma falsa redução nas tarifas que não perdurou e se mostrou uma balela. Em pouco tempo, já reeleita, Dilma promoveu o maior tarifaço que já se viu, elevando as tarifas de energia em quase 50%, um verdadeiro estelionato eleitoral”, concluiram os deputados.

 

Pelo Twitter, o presidente Michel Temer (PMDB) exaltou o resultado, que ficou acima das expectativas da União, já que as usinas foram arrematadas por preço de R$ 12,1 bilhão. Antes do leilão, o governo esperava arrecadar R$ 11 bilhões. “Nós resgatamos definitivamente a confiança do mundo no Brasil”, afirmou Temer.

 

O deputado mineiro Fábio Ramalho (PMDB), vice-presidente da Câmara e um dos líderes no processo de negociação com o governo, apontou a falta de prestígio da bancada mineira junto ao governo. Para ele, o governo não cumpriu com a palavra. 

 

Confira o vídeo:

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