Além do tempo: relógio se reinventa como item essencial de estilo

Flávia Ivo
fivo@hojeemdia.com.br
06/08/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:55
 (Fernanda Carvalho)

(Fernanda Carvalho)

Ao escolher o que vai vestir no dia a dia, o superintendente de relações trabalhistas Renato Luís da Silva, de 35 anos, não deixa de coordenar a produção com o relógio mais adequado. Adorador do acessório desde garoto, investe alto na coleção que hoje está com 10 peças, mas já foi bem maior.

“Há cinco anos, quando morava no Rio de Janeiro, cheguei a acumular 40 relógios, mas fui furtado. Entraram no apartamento e levaram toda a coleção, além de outras coisas”, conta, admitindo que, apesar da perda financeira, doeu mais a ausência das peças com as quais era apegado emocionalmente.

Para Renato, que pretende aos poucos retomar a quantidade de antes, o relógio é a joia do homem. E ele entende perfeitamente o uso do acessório como um item de moda. “A maioria das minhas peças são grandes, mas sei quais são as adequadas para os trajes sociais. Cada uma é diferente da outra, inclusive nas cores”, diz.Swatch/Divulgação / N/A

Diversos modelos da Swatch, marca que aposta em peças divertidas e cheias de personalidade, atendem a homens e mulheres

Veja abaixo, na galeria de fotos, relógios de várias marcas para todos os gostos

Revolução

Os relógios de pulso, antes essenciais para a visualização das horas, tiveram a funcionalidade desbancada pela tecnologia e pelos celulares, responsáveis por uma verdadeira revolução tanto na indústria relojoeira quanto em inúmeras outras atividades.

“Do ponto de vista da criação, as relojoarias tiveram que começar a desenvolver produtos ligados ao lifestyle, a uma afirmação da personalidade de cada um. A indústria se reinventou e se descolou do fator utilitário de mostrar as horas”, destaca Manoel Bernardes, responsável pelo desenvolvimento de produtos da marca homônima mineira de joias e relógios.

A pesquisa de tendências não só da moda em si, como vestuário e calçados, mas também de decoração e carros, por exemplo, é parte fundamental do trabalho da designer de produtos Marina Nogueira, de 32 anos, que integra equipe de desenvolvimento de relógios de outra marca mineira.

“O acessório é uma peça muito pequena, temos que atentar aos detalhes. Tentamos fazer um link com o que está em voga e com o comportamento do consumidor, trabalharmos muito bem isso”, observa a designer, que revela já estar terminando as criações de 2018. Lucas Prates / N/A

Priscila Matosinhos: peças modernas


Combinação

Sempre antenada em tendências ditadas por profissionais como Marina, a administradora Priscila Matosinhos, de 32 anos, busca nos relógios um mecanismo de dar um up na produção. 

Ela não se assume apaixonada pelo acessório, no entanto, tem hoje 12 peças de estilo moderno e recheadas de informação de moda. “Costumo coordenar a peça com o look do dia e posso afirmar que, quando estou de relógio, olho as horas nele”, brinca.

Somar o item ao visual, assim como a administradora, é a atitude certa, na opinião de Lygia Falcão, consultora de moda e professora da Ecole Supérieure de Relooking, escola francesa referência em estilo no mundo.

“Apesar de existir um código do vestir para o acessório, são poucas as ‘regras’ a serem seguidas. A peça é um item de moda que traz identidade ao usuário”, coloca.

 Veja algumas dicas da consultora de moda Lygia Falcão para acertar na hora de usar o acessório:

* Não existe regra sobre de que lado a peça deve ser estar, vai da preferência de quem irá utilizar;
* Relógios coloridos, com pulseiras plásticas, de velcro ou silicone, são adequados para ambientes corporativos criativos, eventos informais e passeios ao ar livre;
* Peças clássicas podem ser usadas no trabalho (mais formais) e em eventos sociais; neste caso, para os homens, são indicadas pulseiras de aço ou em couro combinando com a cor do sapato;
* Relógios com pulseira de couro não devem ser utilizados em dias consecutivos. O material precisa “descansar” da transpiração do dia;
* Dá para ir de relógio a um casamento. Para as mulheres, a peça precisa ser bem delicada e adequada à roupa. Para os homens, a caixa (onde fica o mecanismo) tem de ser baixa para o punho da camisa social não ficar “estufado” ou subindo. A mesma dica é válida para as mulheres quando do uso de camisa social com punho;
* Pessoas maiores, mais gordinhas e de pulso mais largo devem usar peças grandes, assim como as mignons, magrinhas e de pulsos finos devem preferir os relógios pequenos. 

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