Bandas de sucesso no passado apostam na nostalgia para voltarem aos palcos

Jéssica Malta
08/03/2019 às 18:44.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:53
 (Divulgação)

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A decisão de dar fim à carreira nem sempre é definitiva. Seja para tentar continuar de onde pararam ou realizar turnês comemorativas, muitos artistas e bandas ressurgem das cinzas quando, muitas vezes, vinham mantendo-se vivos apenas no coração dos chamados “fãs de carteirinha”. Uma das provas de que “quem é vivo sempre aparece” é o retorno dos Jonas Brothers, seis anos após anunciarem o fim dos trabalhos em grupo. No início do mês eles lançaram o single “Sucker” com direito a planos de turnê e documentário. 

“É uma coisa comum na história da música. Até mesmo o Elvis (Presley) voltou depois de ter ido ao exército e de todo mundo achar que a carreira dele havia acabado. No mundo pop, isso é quase como uma estratégia”, pontua o jornalista Rodrigo James, do site mineiro Esquema Novo.

Para James, o movimento dos irmãos é justificável, já que apesar de terem enveredado por trabalhos solo – Joe e Nick na música, e Kevin, principalmente, com reality shows na TV – o apelo estava no conjunto. “Como juntos eles têm mais força, a chance de faturar é muito maior. Mas não vou dizer que é só pelo dinheiro. É óbvio que eles acham que ainda têm alguma coisa para dizer”, pondera.

O desejo do público de reviver “velhos tempos” ajuda no retorno. Tendo vivido o auge de 2008 a 2010, quando protagonizaram os filmes “Camp Rock” e “Camp Rock 2: The Final Jam”, em 2010, o trio volta com platéia adulta, mas ávida por lembranças. “Agora, os fãs vão ao show para relembrar a adolescência e esse é um dos principais motivos para que essas bandas voltem”, opina. 

De volta à ativa

O ano também pode registrar o reencontro das Spice Girls, ainda que sem a presença de Victoria Beckham. A turnê, no entanto, corre o risco de ser bem tímida ou mesmo nem vingar, a julgar pelo anunciado fracasso de vendas no Reino Unido. Nenhum show nos Estados Unidos foi agendado ainda.

Sucesso no fim da década de 1990, os Backstreet Boys lançaram o nono álbum e uma turnê para marcar os 25 anos de carreira, completados no ano passado e celebrados em grande estilo, com vários shows com casa cheia em Las Vegas. O grupo da Flórida emplacou, inclusive, indicação ao Grammy de 2019, na categoria de melhor performance pop de dupla ou grupo.

Por aqui, a dupla Sandy&Júnior reforça o buxixo quanto ao retorno aos palcos. Os detalhes da turnê para celebrar 30 anos de carreira devem ser apresentados em coletiva agendada pelo dueto para a próxima quarta-feira, para alegria dos fãs. 

O último show dos irmãos juntos foi em 18 de dezembro de 2007. Resta saber se vem novas composições ou se será tempo de relembrar sucessos como "Quando Você Passa (Turu Turu)", "Olha O Que O Amor Me Faz", "As Quatro Estações" e "A Lenda". 

Nostálgicas, fãs celebram o retorno dos Jonas Brothers

O registro do amor pelos Jonas Brothers veio no ano passado, quando a paulista Natália Motta, de 22 anos, tatuou um trecho da canção “Hold On”. O anúncio do retorno ainda não tinha sido feito, mas Natália mantinha a admiração pelos irmãos. Agora, com a volta confirmada, ela celebra a oportunidade de ver novamente a banda em ação.

“O fato de eles voltarem com músicas novas me dá esperança de que o retorno seja para valer. Sinto que eles estão mais felizes agora, mais maduros. Então, podem fazer músicas menos teen, diferente da época da Disney, quando eles tinham que fazer canções muito especificas e não podiam falar sobre assuntos mais adultos”, acredita. 

Apesar de apostar na nova fase da carreira dos irmãos, ela não nega o desejo de ver novamente o grupo cantando os sucessos de antes. “Se tiver show no Brasil, espero que eles cantem as músicas antigas, porque era o que representava a adolescência, mas é super válido que eles também tenham músicas novas. Acho que eles têm tudo para fazer sucesso de fato, conquistar um novo público e resgatar quem gostava da banda quando eram mais novos”, aposta. 

Quem também se agarra à nostalgia é a mineira Thaís Nunes, de 24 anos. Fã de longa data dos irmãos Jonas, ela destaca o novo trabalho, que mantém a identidade já construída pela banda. “Estava com medo de eles voltarem com uma pegada nova, mas ainda bem que ‘Sucker’ chegou com um estilo parecidíssimo com o de antes”, comemora. Editoria de Arte

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