Café gourmetizado: evento seleciona melhores preparos da matéria-prima 100% mineira

Patrícia Santos Dumont
pdumont@hojeemdia.com.br
25/10/2018 às 13:12.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:25
 (Pixabay/Divulgação)

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Capital dos bares e botecos, Belo Horizonte bem que poderia ser também a cidade das cafeterias. Campeão na preferência dos mineiros – que dominam a produção nacional do grão –, o cafezinho encontra em cada esquina um reduto para chamar de seu. Até o próximo dia 8, quem passar por 23 estabelecimentos (um deles em Contagem, na região metropolitana) terá a chance de degustar os melhores preparos. E o melhor: com matéria-prima 100% local.

As casas, espalhadas por dez bairros, integram a edição deste ano do Café da Semana – prévia da Semana Internacional do Café (SIC). O objetivo do encontro é popularizar o consumo de cafés especiais ou gourmet, preparados com grãos de altíssima qualidade e torrados de forma a expressar todo o potencial sensorial do produto. Flávio TavaresPEZINHO NA ITÁLIA
Estabelecimento tipicamente italiano em BH, a Lullo Gelato criou um sabor especialmente para os amantes de um bom café. Gelato (foto) feito com preparo superconcentrado do Café das Amoras é servido com cafezinho “passado” na hora. Gelateria também tem como opção o riscaldato – gelato vaporizado servido com uma bola inteira do mesmo sabor e o tradicional affogato - café servido na casquinha com uma bola de gelato

Localizada na Savassi (Zona Sul de BH), a Lullo Gelateria é especializada no produto de origem italiana. A casa preparou uma receita de gelato com o Café das Amoras, da Serra da Mantiqueira. “Quando penso o negócio como um todo, entendo que café e gelato são complementares. Existe alegria em forma de gelato e alegria em forma de café”, brinca a proprietária da loja, Cristiane Temporão. 

Por lá, é possível saborear a bebida pura, preparada em máquina de expresso, acompanhada por uma bola do gelato especial ou experimentar o sorvete da casa vaporizado e servido com uma porção da sobremesa clássica. Além do grão mineiro, escolhido para o Café da Semana, a Lullo também serve o famoso Jacu Bird, um dos mais caros do mundo (cerca de R$ 250 por 200 gramas), produzido no Espírito Santo. 

A 4ª edição do Café da Semana faz parte da Semana Internacional do Café, que acontece de 7 a 9 de novembro em Belo Horizonte

Com queijo

O Roça Capital, com unidades no Mercado Central, no bairro Mangabeiras e no Mercado da Boca, em Nova Lima, escolheu para o evento o Mito Dona Neném, bourbon amarelo do Cerrado Mineiro com baixo amargor, corpo equilibrado e notas de caramelo e chocolate. Para fazer bonito com a clientela, a sugestão do proprietário, Leandro Dornas, é harmonizar o preparo, coado e servido em xícara esmaltada, com fatia do queijo canastra do Mauro Ferreira.

“Café com queijo não tem erro, é como queijo com goiabada. Minha sugestão é nosso queijo exclusivo, produzido dentro da Canastra, numa região conhecida como Buraca, a 40 quilômetros de São Roque. É um achado, nosso carro-chefe”, diz Mauro. Lucas PratesPAR PERFEITO
Torre média e notas de avelã, caramelo e chocolate do café Mito Dona Neném harmonizam perfeitamente com o queijo canastra do Mauro Ferreira, produzido exclusivamente para o Roça Capital, que tem unidades no Mercado Central, Mercado da Boca e no bairro Mangabeiras. Bebida é servida coada e pode ser, inclusive, levada para casa, já que o estabelecimento vende pacotes do grão e do produto moído

Nanocafeteria prepara blend de grãos da Mantiqueira para brindar o visitante do Café da Semana

Estabelecimentos participantes do Café da Semana levarão à mesa preparos feitos com matéria-prima plantada em solo mineiro. Maior fabricante nacional do grão, o Estado é dividido em cinco regiões produtoras: Cerrado, Mantiqueira, Chapada, Matas e Sul de Minas.

Cafeicultor e sócio-proprietário do Copo Café Especial, na Savassi, Felipe Brazza elegeu grãos da região da Mantiqueira. Quem for ao estabelecimento dele até o fim do circuito poderá degustar um blend especialmente criado para a ocasião.

Mistura do Café das Amoras – cultivado por ele e a esposa, Gabriela Mendonça, em São Gonçalo do Sapucaí –, com café plantado na Fazenda Capadócia, na mesma região, a combinação será grata surpresa aos visitantes da loja de 2,33 metros quadrados. “Ideia é servir uma bebida o mais interessante possível”, adianta o barista.

Na loja dele, denominada de nanocafeteria, dado o tamanho do espaço, praticidade é palavra de ordem. A ideia é o cliente se servir e ir embora. Além dos tradicionais cafés coados, preparados em máquina de expresso, prensa francesa ou Pressca (método 100% nacional), há bebidas especiais como a açaína – mistura de açaí com a cafeína – e o coffee shake, que leva extrato de baunilha, café e caramelo e chega às mãos gelado. Para harmonizar as escolhas, as sugestões da casa são brigadeiros, bolo húngaro, pão de queijo ou sequilhos de sabores variados. 

SIC

A Semana Internacional do Café (SIC) acontece de 7 a 9 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte. O encontro reunirá produtores, torrefadores, classificadores, exportadores, compradores, fornecedores, baristas, proprietários de cafeterias e apreciadores. Mais de 25 eventos serão realizados simultaneamente, dentre eles premiações dos melhores produtos.Flávio Tavares

PARA PEGAR E LEVAR
Nanocafeteria localizada no coração da Savassi tem receita que combina açaí com café (açaína). Mistura, servida gelada, harmoniza com os brigadeiros da Doce Que Seja Doce. Cafeteria no estilo “pegar e levar” também tem o coffee shake, que leva extrato de baunilha com café e caramelo, e, claro, o tradicional e clássico café preto, feito com grãos do Café da Amora, cultivado pelo proprietário da casa

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