Days Gone se esbalda na fétida fonte do apocalipse zumbi

Marcelo Ramos
24/05/2019 às 16:35.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:48
 (Bend Studios)

(Bend Studios)

A fonte de chorume do apocalipse zumbi parece não ter fim. E depois de quatro anos de produção e uma imensa expectativa, “Days Gone” finalmente chegou ao mercado. Exclusivo para PS4 (R$ 200), o game da Bend Studios é uma ode ao tema e insere elementos de diversas produções do cinema, da TV, dos quadrinhos e dos games. 

O título gerou polêmicas sobre bugs, que exigiram uma força-tarefa para aplicar as correções. Mas nada que não faça parte da rotina de qualquer game da atualidade. 

Em “Days Gone”, o jogador assume o papel de Deacon St. John, um integrante de uma gangue de motociclistas. O personagem tem um jeitão de Daryl, de “The Walking Dead”, com a habilidades de rastreamento e até mesmo munido de uma besta. 

Apesar de ser um rebelde, mercenário e extremamente violento, Deacon é um sujeito cheio de valores como lealdade aos amigos, um código que o impede de matar mulheres, sem que seja “necessário”, e um amor incondicional por sua mulher. Muitas vezes suas virtudes se viram contra ele. E é exatamente isso que dá tempero à trama.

A história
No game, os mortos-vivos são chamados de frenéticos e são bem mais espertos que as criaturas letárgicas de “The Walking Dead”. O fôlego deles é mais parecido com o dos monstros de “World War Z”, com uma aversão à luz no estilo “Eu Sou a Lenda”. 

Deacon precisa reencontrar a esposa, que foi levada ferida para uma instalação militar, há dois anos, quando o mundo virou de cabeça para baixo. Trata-se daquele início padrão de toda produção do gênero, sempre evidenciando as perdas no momento que a civilização desmorona. 

Aconteceu isso em “The Last of Us”, nos seriados, e se repete em “Days Gone”. Mas tudo isso serve pra construir uma estrutura da campanha, com apelo emocional, que é enriquecida com uma infinidade de missões paralelas. 

O jogo
“Days Gone” é um Action RPG por concepção. O jogador tem um imenso mundo aberto para explorar, uma grande variedade de personagens para interagir e, claro, muitos sobreviventes de olho em seus pertences, assim como zumbis famintos por suas tripas. 

Assim, a jogabilidade se mescla entre a exploração, solução de problemas, combates e pilotagem de moto. No entanto, há uma linearidade na trama, que sempre tenta direcionar as ações que jogador deve tomar.

Por outro lado, nunca se sabe quando o jogador será surpreendido por hordas de frenéticos ou topará com armadilhas dos rippers (que são uma gangue de maníacos) ou de bandos de sobreviventes que tentam boicotar os acampamentos. Nessas horas o game ganha um clima de tensão mais eletrizante e demanda uma postura mais tática para conseguir se livrar dos zumbis. 

Motoboy
O mapa de “Days Gone” é imenso e repleto de frenéticos, rippers e vagabundos. A forma mais rápida e segura de perambular pelo cenário é montado em uma moto. Mas ao contrário de Actions RPG como “GTA V”, a motoca precisa ser reabastecida e o jogador precisa procurar por gasolina.

Aliás, é preciso procurar por tudo: munição, ataduras e até garrafas para fabricar coquetéis molotov. Exatamente como manda o manual de sobrevivência do apocalipse. 

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