Demo de 'Nioh 2' é prévia de um longo e doloroso desafio

Marcelo Jabulas
@mjabulas
06/03/2020 às 17:34.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:52
 (Team Ninja)

(Team Ninja)

O PS4 foi marcado por alguns games extremamente difíceis como Bloodborne, Sequiro, Dark Souls 2 e 3 e pela série Nioh, que receberá seu segundo episódio agora em março – ironicamente, numa sexta-feira 13. 

Há duas semanas de sua publicação, Sony e Team Ninja liberaram a demo final da produção, que inclusive permitirá manter o personagem criado para a degustação.

Não quero desencorajar ninguém a deixar de jogar “Nioh 2”. Muito pelo contrário, desejo que todos que tiverem a oportunidade experimentem o game. Isso porque “Nioh 2” é um título que mexe com a determinação do jogador.

Na atual geração, vencer num game não demanda perseverança. Os jogos se tornaram amigáveis, e “Nioh 2”, assim como o primeiro, parece querer punir você pelos anos que ficou jogando games em que o personagem recupera sangue automaticamente er nos quais os NPC’s são fracos e tolos.

Nesse game, os produtores parecem desfrutar de um sadismo insaciável. Inimigos simples são letais se você não for prudente no combate.

O título manteve sua estrutura de jogabilidade complexa, o que exige que todos passem pelo tutorial. Quem não fizer isso, desistirá ou aprenderá da pior forma possível.

Arte da guerra
“Nioh 2” basicamente coloca o jogador com duas armas brancas e duas de longo alcance, como arco e uma espingarda. Para as armas de corte, o jogador tem três posições de guarda: alta, média e baixa.

Essas posições devem ser alternadas de acordo com o inimigo a ser enfrentado, pois no momento de bloqueio isso conta como sucesso ou dano. Se não bastasse, seu personagem tem três barras: sangue, resistência e Ki (magia).

Cada golpe, esquiva ou bloqueio drena sua resistência. Assim, é preciso golpear e guardar fôlego para defender a investida ou se movimentar. Tentar apertar os botões triângulo e quadrado descaradamente só acelerará sua morte.

Para resumir a história, chegar ao primeiro chefe de fase do game me consumiu nada menos que cinco horas. Pois, além de aprender todos movimentos, escolher magias e encontrar pontos fracos de criaturas bizarras, ainda era preciso “renascer” várias vezes para abrir os caminhos.

Ou seja, “Nioh 2” é tão desafiador quanto o primeiro game da série. Ele machuca você por dentro e o faz sentir-se um inútil. Mas é justamente isso que faz dele um game espetacular.

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