Domínio no Six Invitational atesta potencial de times brasileiro nos eSports

Marcelo Jabulas
@mjabulas
04/06/2021 às 09:50.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:05
 (Ubisoft/Divulgação)

(Ubisoft/Divulgação)

No dia 23 de maio, o Brasil fez história ao protagonizar a final do Six Invitational 2021, o mundial do game “Rainbow Six”, que aconteceu em Paris. O time Ninjas in Pyjamas derrotou o conterrâneo Team Liquid, que ficou na segunda colocação. Outras quatro equipes tupiniquins figuraram entre os 10 melhores da competição e juntos amealharam quase R$ 10 milhões em prêmios. Com o título, o Brasil volta a conquistar lugar de destaque nos esportes eletrônicos

Segundo o diretor de Rainbow Six, no Brasil, Marcio Soares, o Brasil tem evoluído ano após anos e se firmado com uma das potências da competição. “É uma construção que vem ocorrendo desde 2017, mas sempre éramos eliminados. Agora foi a coroação e mostra como o Brasil se tornou protagonista no ‘R6’”, aponta.

Segundo Soares, o Brasil se tornou o terceiro país em faturamento e audiência de “Rainbow Six”. “O brasileiro gosta de eSports. Hoje os games estão presentes na vida das pessoas. De uma forma ou outra todo mundo joga videogame, seja no console ou telefone. Somos fortes em títulos como ‘Counter Strike’ e agora somos os melhores do mundo em ‘Rainbow Six’. Em termos de audiência e faturamento, ficamos atrás apenas dos Estados Unidos e da China”, afirma.

Dinâmico

Uma das razões para a popularização dos torneios e também da grande audiência, que atrai o interesse de marcas em fazer aportes milionários, é o dinamismo da competição, assim como a acessibilidade. 

“Com o grande volume de pessoas jogando, muitas buscam obter conhecimento nas competições. Outras querem se profissionalizar e há também o dinamismo da competição. As disputas são intensas e há um engajamento forte nas redes sociais. Tudo isso contribui para a consolidação do eSport”, analisa o executivo da produtora francesa.

E se tem público, tem muito dinheiro envolvido e, claro, oportunidades de negócios e empregos. Emissoras de TV passaram a cobrir torneios e dar espaços em suas grades, como SporTV e ESPN, além de ter seções exclusivas para e-sports.

“A cadeia do eSport cresceu muito. As equipes contam com diversos profissionais, uma transmissão de um torneio demanda uma equipe de pelo menos 150 profissionais. O eSport se tornou um negócio que gera empregos que não existiam há poucos anos”.

Constância

Outro fator que coloca o game da Ubisoft como referência no eSport é a longevidade do game. Muitos desenvolvedores viram suas franquias todos os anos, com “FIFA” e “PES”, assim como “Madden NFL”. E sempre que o game muda, fatores de jogabilidade também são alterados. 

De acordo com Soares, a estratégia da Ubisoft é parecida com a da Valva, produtora de “Counter-Strike”, que é manter a mesma edição por longo período, com atualizações. “No nosso cronograma está previsto suporte para os próximos cinco ou seis anos”, explica.

Agora resta aos times brasileiros retomar os treinos, pois o calendário de “Rainbow Six” é apertado. Em breve começam as seletivas nacionais e continentais para mais uma vez a turma decidir que manda bem no Six Invitational .

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