Fiemg quer priorizar expansão do Minas Trend e atrair expositores de fora do Estado

Flávia Ivo
10/04/2019 às 06:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:10
 (Novo Fotografia/Divulgação)

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O Minas Trend, maior salão de negócios de moda da América Latina e que é realizado em Belo Horizonte, celebra uma nova fase do evento com a redução nos custos totais de 30% em relação à última edição. Em outubro de 2018, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) fechou os gastos em R$ 6,9 milhões e, para este abril, a projeção é de R$ 5,3 milhões, com a possibilidade de alteração pouco significativa, conforme a entidade.
 
Para o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, os resultados se devem à captação de patrocínios, tendo, pela primeira vez, aporte da Lei de Incentivo à Cultura, proporcionado pela Cemig. “Esse evento nunca bebeu da Lei Rouanet e o aporte foi inferior a R$ 1 milhão. Mas foi um patrocínio que proporcionou a expansão do Minas Trend”.
 
A ampliação do evento, inclusive, é a prioridade número 1 da entidade. De acordo com Roscoe, o objetivo, já para a edição programada para outubro deste ano, é ocupar todos os espaços do Expominas.
 
“Estamos caminhando para isso e esperamos, na próxima edição, não ter nenhum metro quadrado sem expositores. Queremos e estamos ampliando o evento sob diversos espectros. Cosméticos, por exemplo, é uma linha que identificamos como natural de participação em um evento de moda”, conta Roscoe, que destaca a presença de cinco marcas mineiras de cosméticos que fazem uma participação teste aberta ao público em estande coletivo.
 
Expositores

O número de expositores nesta edição cresceu entre 15 e 20%. Ao todo, são 187 entre empresas de vestuário, joias e bijuterias e bolsas - sendo 47 estreantes, distribuídas em 253 estandes em mais de 20 mil m² de área montada.
 
Empresas de outros estados, destaca o presidente da Fiemg, têm sido captadas pelo evento, para torná-lo ainda mais nacional. “A gente entende que o Minas Trend é de grande relevância. Já temos uma boa parceria com Alagoas, mas estamos em conversa com o Rio Grande do Sul e o Paraná, para que eles venham com delegações de marcas. Queremos tornar o MT mais nacional possível, com novos pólos produtivos e a atração de novos expositores de qualidade”.
 
Inédito

Uma das maneiras de amplificar o alcance do evento será pela presença simultânea ao Minas Trend de outubro deste ano do Congresso Internacional da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). Pela primeira vez, a realização será em BH.
 
“O congresso conta com a experiência de vários empresários e profissionais da indústria da moda. Traremos um público diferente daquele até hoje presente no evento, tendo um conjunto ainda mais robusto para os players do setor”, coloca Flávio Roscoe.
 
Para o presidente da Abit, Fernando Pimentel, é uma oportunidade para enxergar novos horizontes. “Infelizmente, o ano não começou da forma que queríamos. Trabalhávamos com uma projeção do PIB de 3% e tivemos que rever para menos de 2% frente aos resultados do primeiro trimestre. Por isso, é importante estarmos em Minas, que tem uma indústria de confecção geradora de conteúdo e lançadora de tendências. Serão dois dias para compartilhar informações”.

Democratização do evento é aposta para sustentabilidade financeira

A Fiemg também aposta na democratização do evento para o alcance de metas como a de tornar o Minas Trend financeiramente sustentável. Para esta 24ª edição, o aporte de recursos pela entidade foi de R$ 500 mil, contra um valor bem mais significativo do último semestre.
 
Houve uma redução de déficit de 10 vezes na comparação com abril do ano passado, diz o presidente da Fiemg. “O estágio de maturidade de um evento se dá quando ele se torna sustentável. E é para isso que estamos trabalhando. O gap que a Fiemg tinha, que era uma ‘boca de jacaré’, está sendo reduzido significativamente. E é bom lembrar que o aumento de receita não se deu extraindo mais do setor da moda e sim pelo fechamento de patrocínios. Na prática, reduzimos entre 20 e 30% o valor dos estandes aqui no Expominas”.
 
Boa parte desse processo de democratização se deve ao diretor-criativo do evento, o estilista Ronaldo Fraga, que há muito já pensava na abertura ao público. “É um evento importante para a cultura mineira. O que parecia uma loucura 10 anos atrás, hoje conseguimos realizar. Precisamos abrir portas, estabelecer diálogos com quem nunca dialogamos”, coloca.

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