Impossível ficar indiferente à CCXP, o maior festival mundial da cultura pop 

Marcelo Jabulas
06/12/2019 às 21:52.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:57
 (Reprodução / Youtube)

(Reprodução / Youtube)

SÃO PAULO – Preciso confessar que cheguei à ComicCon (CCXP) 2019 com certa descrença. Mas foi só me deparar com o primeiro estande, montado no pavilhão do São Paulo Expo, para que qualquer fragmento de receio fosse eliminado de minha mente por um poder sobrenatural. A CCXP brasileira é simplesmente fantástica, em todos os sentidos.

Fantástica pelo fato de ser o maior festival da cultura pop do mundo. Fantástico pois te coloca diante de seus heróis e personagens favoritos. Não é preciso ser nerd para ficar boquiaberto em ver locações e referências de filmes e seriados. Por exemplo, quem é fã de “Stranger Things” não é capaz de ignorar o fliperama de Hawkins, assim como a sorveteria do shopping.

O mesmo é válido para o motorhome que o professor Walter White transformou em laboratório para “cozinhar” metanfetamina em “Breaking Bad”. Se você for fã de “Star Wars”, fique sabendo que há a construção de uma galáxia muito distante, protegida por um Storm Trooper vermelho, que aparecerá no último filme da série, que estreia dia 19. Perto dele, um simpático BB-8, vigiado por uma figura imensa do vilão Thanos.

Mas fique atento, esse mundo fantástico será invadido por 280 mil aficionados, que se enfrentarão para conseguir uma foto em destaque, um suvenir, uma quinquilharia colecionável e até pagar uma quantia considerável para tirar uma foto com um ator famoso ou conseguir um autógrafo.

Junto deles uma legião de cosplayers, que desfilam com os trajes de heróis e vilões do cinema, animações, quadrinhos, games e seriados. Desde o uniforme de marinheiro do atendente Steve Harrington (Stranger Things) e roupas extremamente sofisticadas de seriados japoneses, que te obrigam a pedir uma foto.

Cifras astronômicas

Segundo um dos executivos da organização do evento, Otávio Juliato, o CCXP movimenta cifras astronômicas, tanto no pavilhão como na cidade de São Paulo. Segundo Juliato, na edição de 2018 as 35 lojas espalhadas pelo São Paulo Expo faturaram R$ 50 milhões. Na capital paulista, os cinco dias de festival (incluindo o dia da imprensa) injetaram R$ 250 milhões na cidade e geraram 11 mil postos de trabalho.

De acordo com um dos integrantes da organização, uma rede de vestuários vende durante a feira o mesmo volume que uma loja de shopping fatura em um mês. E não é exagero, dentro da loja há centenas de modelos de camisetas, agasalhos, almofadas, copos e uma infinidade de quinquilharias com temas de games, seriados e filmes, e uma gigantesca fila que não se desfaz rumo ao caixa.

“A CCXP busca oferecer uma experiência para o fã e por isso trabalhamos com um ingresso mais caro, para poder oferecer aquilo que ele deseja. Trata-se de um investimento enorme, afinal não se trata apenas da montagem de um estande, mas também do custo para trazer um astro internacional como a Gal Gadot (Mulher-Maravilha), que demanda jatinho particular, deixar de fazer ação em outros mercados para estar aqui. É um custo de oportunidade muito alto, mas que faz do festival algo incrível”, explica.

Exclusividade

Segundo Juliato, a CCXP será palco para a divulgação global do trailer de “Mulher-Maravilha 2” e contará com transmissão diária de 10 horas de entrevistas ao vivo com atores e celebridades, assim como a participação de 300 influenciadores de diversos segmentos. “No ano passado atingimos 40 milhões de pessoas em todo mundo”, recorda.

Entre as várias atrações, chama atenção o estande que celebra os 80 anos de Batman. O Homem-Morcego ganhou um espaço exclusivo, com direito a batcaverna, o batmóvel original (de 1996), do seriado estrelado por Adam West, assim como o bólido de “Batman” – de 1989, dirigido por Tim Burton e estrelado por Michael Keaton – e a motocicleta de “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, estrelado por Christian Bale.

E no interior da Batcaverna funciona o aparato tecnológico que garante conexão Wi-Fi para todos os visitantes, fornecido pela Oi. São 60 quilômetros de fibra ótica, 210 antenas Wi-Fi e uma sala de controle que leva o QG de Bruce Wayne literalmente para o tempo das cavernas. 

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