Inovação e comunicação digital são essenciais para a moda durante pandemia do coronavírus

Flávia Ivo
fivo@hojeemdia.com.br | @flaviaivo
12/07/2020 às 08:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:00
 (Pexels/Divulgação)

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Os impactos já trazidos pela pandemia do novo coronavírus a todos os setores da economia e as mudanças de comportamento projetadas por especialistas das mais diversas áreas mostram que transformações permanentes estão por vir. Inclusive, na moda.

Neste e em outros casos, ter a identidade de marca bem definida é apenas um dos pontos da extensa lista de comunicação que as empresas precisam cumprir para seguirem relevantes para a clientela, mesmo em tempos difíceis como estes. Em meio a uma profusão imensa de mensagens visuais, destacar-se é desafiador.

A presença digital para empresas de moda, se já não existe, pode e deve ser implementada o quanto antes. “Hoje, vemos a geração Z chegando forte nesse local de influência e consumo, portanto, se são eles os nativos digitais, não dava pra esperar muito tempo para que as marcas se atualizassem. Elas precisam ficar ligadas aos modos de sociabilidade com os quais essas gerações se articulam, de modo a gerar mais impacto em suas comunicações e estabelecer vínculos mais profundos com os sujeitos consumidores. Afinal, no meio digital, não há tempo para o respiro e a profusão de estímulos são inimagináveis”, observa Flávia Virgínia, coordenadora da pós-graduação de Moda e Inovação do UniBH.

“Todo momento de crise é criador por excelência e, neste sentido, acho que haverão algumas mudanças de paradigma, sobretudo, em relação aos modelos de negócios de moda”Flávia VirgíniaCoordenadora da pós-graduação de Moda e Inovação do UniBH

Solidez

Exemplo de que a ligação próxima com os clientes é importante para o fortalecimento dos fashion business é o case da mineira Skazi durante este período de isolamento social. Acostumada com o relacionamento próximo virtualmente, não viu a estrutura ser abalada com chegada do fechamento do comércio em Belo Horizonte e em outras partes do Brasil nas quais atua.

“Por esse motivo, não tivemos um impacto negativo como outras marcas e negócios. Na verdade, nesse período, constatamos um crescimento nas vendas pelo site oficial. Para nos adequarmos mais ao momento atual, mudamos o foco dos nossos produtos e começamos a produzir looks com propostas mais confortáveis. Apostamos em produções com modelagens soltinhas e tecidos macios, como algodão, moletom, seda, jeans e malha”, conta a diretora-criativa da marca, Ana Paola Murta.

E, mesmo que a relação com o cliente já seja sólida, é importante, daqui para frente, amplificar a interação, por meio de experiências inclusivas. A especialista Flávia Virgínia acredita que este será o grande mote. “Já faz um tempo que os consumidores passaram a ser uma parte significativa da produção de conteúdo das marcas e, neste momento, é praticamente o que está sendo possível de fazer e que não vejo como parar. Será preciso encontrar a identidade da marca, cobrar coerência nas linguagens, ter equipes diversas e críticas, enfim, se preparar para que a voz e escuta da marca se mantenham antenadas e relevantes”.

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