Jardim nas mãos: errar na escolha do buquê de flores pode ofuscar o brilho da noiva

Patrícia Santos Dumont
pdumont@hojeemdia.com.br
20/09/2018 às 15:11.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:33
Para participarem do evento, os casais apresentaram documentação que comprova que, pelo menos, um dos noivos reside em Contagem (Pexels/Divulgação)

Para participarem do evento, os casais apresentaram documentação que comprova que, pelo menos, um dos noivos reside em Contagem (Pexels/Divulgação)

O vestido pode ser um luxo só e carregar a assinatura do estilista da moda. Mas se o buquê de flores não estiver à altura, a triunfal caminhada da noiva até o altar pode perder boa parte do brilho. Evitar que o descompasso entre os dois grandes acessórios fique eternizado nas fotos da cerimônia não precisa ser difícil. Nem caro. Basta escolher as flores certas com base na época da floração e, portanto, de maior oferta, e evitar gastos extras com espécies difíceis de serem encontradas ou sensíveis demais a mudanças de temperatura.

Proprietário da The Rose Garden, em Belo Horizonte, Ivan dos Reis diz que é possível ter nas mãos arranjos harmônicos e originais desembolsando entre R$ 180 e R$ 300. Para chegar a um resultado satisfatório, ele recomenda considerar não só a estética do acessório, como o peso real e o conforto ao segurá-lo. 

“É preciso ser algo natural, prazeroso, harmonioso e que passe a mensagem da noiva”, reforça o empresário. Na loja dele, buquês silvestres e assimétricos são os mais demandados. Fogem do convencional e são tendência no mundo desde o fim de 2017. 

Novidade importada é o hoop bouquet (buquê de aro, em português). Ideia versátil, construída a partir de anéis feitos de madeira ou metal, é compatível com diversos estilos de matrimônio, do romântico ao vintage. 

“Podem ser de plantas, com galhos e folhagens, ou ainda utilizando materiais como madeira, acrílico e até metais preciosos. São verdadeiras joias, que transitam por todos os tipos de casamento”, diz.

Cor sem risco

Quem estabeleceu preços mais enxutos para a escolha do buquê também deve ficar de olho ao definir a cor das flores. Algumas espécies podem ser encontradas em dezenas de nuances diferentes, como a tulipa, por exemplo, que fica mais barata no inverno. Mas, se no “dia D” estiverem escassas, acabarão onerando o orçamento. 

“Quando a ideia é fazer um acessório mais em conta, sugiro partir do branco, justamente pela questão da sazonalidade das flores. A diversidade de cor hoje em dia é muito grande, mas quando se define pelo branco, não tem erro. É uma cor fácil de encontrar, com farta oferta e que não dá margem para estourar o orçamento”, explica a proprietária da Leteche Decorações, também em BH, Marcela Donato. 

Para baratear ainda mais o arranjo de mão e não pecar na elegância nem na sofisticação do acessório, ela recomenda mesclar flores com folhagens. “É uma alternativa para gastar menos”, frisa a profissional.

Variedades

Dentre as variedades de menor custo sugeridas por Marcela estão lisiantos, lírios, ásper e gipsos, encontradas o ano inteiro. Por outro lado, orquídeas, callas e tulipas são espécies mais caras, já que a floração varia conforme a estação do ano.

Ainda no rol de plantas mais raras (e caras) estão peônias, ranúnculos, anêmonas e proteas, enumera Bruna Rodrigues, da Flora de Série, no bairro Santo Antônio, Zona Sul de BH. A boa notícia para quem se mantém firme no propósito de economizar é que não faltam opções. 

“Astromélias, rosas, cravo, boca de leão e lírio são bem básicas. Na minha opinião, a grande diferença (de preços) tem relação direta com a entrada do inverno, quando conseguimos flores mais exóticas. A base, encontramos o ano inteiro”, diz. Fotos: The Rose Garden/Divulgação

Arranjos produzidos pela recém-inaugurada em BH The Rose Garden custam entre R$ 180 e R$ 300

Dica é levar em conta horário e estilo do casamento

Além de definir o orçamento disponível para a confecção do buquê, é preciso considerar outros diferentes aspectos da cerimônia antes de bater o martelo quanto à escolha das flores. Horário e estilo do casamento e paleta de cores são os principais deles.

“O buquê, sem dúvida, passa por uma escolha muito criteriosa, tão importante quanto a do vestido, dos acessórios de cabelo, dos brincos. Compõe a para-mentação da noiva. Por isso, é preciso avaliar o estilo do vestido, que cores combinam com ele, se o casamento é de dia ou à noite, se é clássico ou mais moderno”, explica Bruna Rodrigues, da Flora de Série

A florista ressalta também que o acessório não precisa combinar com a decoração do evento. Do contrário, a impressão que passará aos convidados é de que o arranjo foi feito a partir de um fragmento da festa. “As flores da decoração não precisam, necessariamente, estar no buquê nem as cores usadas nela. O que não abro mão é de que sejam tipos mais nobres e que tenham uma representatividade, criem uma identidade com a noiva”, detalha Bruna.

Considerar a época de floração, a durabilidade da planta e a cor da espécie escolhida é essencial para garantir um arranjo bonito e que não pese no bolso. Acessório deve “conversar” com o estilo da noiva

Harmonia é outro ponto importante a ser considerado pelo profissional responsável por dar vida ao adereço. Volume, linearidade e design são requisitos básicos para um buquê “de sucesso”, enumera a proprietária da Flora de Série.

Segundo ela, um arranjo harmônico deve conter folhagens, flores espigadas, redondas e multidirecionais.

“Dá para mesclar um pouco de cada estilo (tropicais, do campo e nobres), desde que com bom senso. Se usamos cores muito vibrantes, por exemplo, também é interessante passar de uma para outra de forma bem sutil, usando tons intermediários. Arranjos monocromáticos, por sua vez, são sucesso garantido”, destaca.

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Confira o calendário das florações conforme as estações do ano:

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