(Pexels/Divulgação)
Se de um lado houve quem expandisse os formatos de negociação - com a adoção do envio de "malinhas" personalizadas para a casa dos clientes -, por outro, empresas que já apostavam nelas seguiram com o serviço durante a pandemia. Caso da Alphorria, com lojas fechadas há meses pelo decreto municipal.
“A gente, mesmo antes da pandemia, já possuía esse formato da mala consignada para as clientes. Esse sistema de delivery já era muito eficiente para que as clientes pudessem conhecer e provar as peças em casa e em segurança. Mudamos alguns protocolos em relação à pandemia como, por exemplo, estamos fazemos a higienização de todas as peças e embalagens antes e após o envio”, observa Fernanda Thibau, diretora-executiva da marca.Água Fresca Lingerie/Divulgação
Água Fresca expandiu o serviço de entrega
A esterilização das peças também é parte do dia a dia da Água Fresca Lingerie, conforme a diretora-criativa da marca, Júlia Zingoni. “Expandimos o serviço da ‘lingerie em casa’, que antes era prestado apenas para clientes VIP. A gente consegue fazer esse atendimento a distância, sem nenhum contato físico, mantendo a segurança das nossas clientes e também da nossa equipe de vendas. Montamos uma malinha personalizada, de acordo com o interesse da cliente. Essa mala fica na casa dela por 48 horas e, na volta, todas as peças são esterilizadas com steamer (vapor) ou mantidas em quarentena. É um formato de vendas que tem dado supercerto, com bons resultados”.
Das duas, uma
O serviço de “malinha” também era um costume da Wearing, multimarcas com lojas no bairro Mangabeiras, Centro-Sul de BH, e no Vila da Serra, em Nova Lima. Se na unidade da região metropolitana o funcionamento já está permitido há dois meses, apesar da restrição de horário, na da capital, a proprietária Fernanda Costa Val precisou “rebolar” para dar conta da logística.
“Trabalhei praticamente sozinha, fazendo esse serviço de levar para o cliente, pois precisei suspender o contrato de todos os funcionários. E, com a loja fechada, tivemos que nos reinventar e não ficarmos parados, e abrangemos esse serviço, não só para as mais próximas”, explica.Alphorria/Divulgação
Alphorria já era adeptada do formato de negócio
Continuidade
Todas empresárias ouvidas na reportagem, sem exceção, revelam que é grande o interesse em seguir com o modelo de negócios no pós-pandemia. Tanto por acreditarem em mudanças de agora que se tornarão permanentes quanto pela proximidade com as clientes trazida pela situação.
“Uma certeza que temos é o que o modo de operar no varejo físico vai sofrer modificações, e estamos estudando muito para entregar a melhor experiência em segurança para as clientes”, afirma Fernanda Thibau, da Alphorria.
Leia mais sobre moda em: