Mood oitentista: 'década do exagero' domina New York Fashion Week

Flávia Ivo
fivo@hojeemdia.com.br
18/02/2018 às 06:00.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:24
 (Fotos AFP)

(Fotos AFP)

Enquanto no Brasil se comemorava o Carnaval, nos Estados Unidos, mais precisamente em Nova York, o mundo fashion direcionava os olhares para a semana de moda que “abre os trabalhos” do setor, a cada semestre, a New York Fashion Week (NYFW). As mais de 130 marcas que desfilaram apostas no evento pareciam ter bebido em uma só fonte: a dos anos 80. 

Do animal print em formas, cores e aplicações variadas das criações de Tom Ford, Victoria Beckham e Bottega Veneta, para ficar em alguns, ao oversized modelado em peças voltadas, talvez, para o ambiente corporativo, como na coleção de Jason Wu, a vibe oitentista estava no ar da Big Apple.

Depois da semana de moda nova-iorquina, na sequência, as tendências para os meses seguintes são sabidas em Londres, Milão e, finalmente, em Paris, para ficarmos apenas nas internacionais. De 8 a 16de fevereiro, foram lançadas as propostas para o Outono/Inverno 2018/2019 que, no Hemisfério Norte, começa em setembro deste ano, terminando em março do ano que vem.Fotos AFP / N/A

Estampas de onças, zebras e leopardos, nas cores habituais ou não, foram apostas estéticas de estilistas como Victoria Beckham e Tom Ford


Aplicação

Apesar de ser nítida a influência das décadas de 1980 e 1990, também nas passarelas – basta observar as imagens que ilustram estas páginas –, inserir as tendências no dia a dia, transpondo o que está no desfile para o guarda-roupa é desafiante para muitas mulheres.

Conforme Luiza De Bem, consultora de estilo da École Brasil, em apresentações como as da NYFW o objetivo dos estilistas é mostrar para o mundo o potencial que têm e, por esse motivo, eles expõem as ideias ao extremo. 

“Acredito que o melhor é avaliarmos o quê, de todas as milhares informações que recebemos, está de acordo com nosso estilo pessoal, tipo físico e condição financeira. Não precisamos usar o que está na passarela de maneira integral, devemos tê-la como referência”.Fotos AFP / N/A

Uma vibe setentista, bem típica da transição para os anos 80, esteve presente em algumas marcas, como Tory Burch, Oscar de La Renta e Bottega Veneta; tons amarronzados e avermelhados, além da presença das flores em menor tamanho, são características

Para a consultora, a presença de referências da “década do exagero” nas criações atuais, como as estampas de animais (principalmente onças) e os vestidos transpassados, acaba sendo natural, já que se trata de um período icônico para a moda. “São tendências que voltam e são muito desejadas pelas pessoas, por serem de uma personalidade e maneira de expressão muito fortes”, observa.Fotos AFP / N/A

Para os visuais de trabalho, são apostas o despojamento do oversized e os tons crus, mesclados à força do néon

Diante de tudo o que foi visto, a profissional destacou aquilo em que é preciso ficar de olho e investir – claro, se estiver dentro do seu estilo. A começar, óbvio, pelo animal print, passando pelos ternos oversized, os tons de néon e os paetês. Casacos pesados sobre todo o look e visuais monocromáticos em tons sóbrios. Para fechar, na beleza, make no estilo messy (bagunçado, na tradução livre) e batons matte.Fotos AFP / N/A

Acabamento na maquiagem como se estivesse “borradinha” do dia seguinte é tendência para o Outono/Inverno; algumas marcas que colocaram na passarela esse tipo de produção foram Libertine e Area, além de Tom Ford, o estilista que mais usou referências oitentistas na coleçãoFotos AFP / N/A

Looks para curtir a noite ou mesmo um evento sofisticado apareceram de forma mais livre pelas mãos de 
Carolina Herrera, Brandon Maxwell e Bottega Veneta

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