O que é moda para você? Veja as respostas de quem atua no mercado em BH

Flávia Ivo
10/03/2019 às 06:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:54
 (Núbia Moor/Divulgação)

(Núbia Moor/Divulgação)

No mês da mulher, perguntamos a protagonistas da área da moda em Belo Horizonte, qual o significado da moda para elas. Ao passo que o contexto histórico é muito importante, transmitir essência e personalidade no vestir é primordial.Leca Novo/Divulgação

Marcela e Carolina Malloy, diretoras-criativas da Arte Sacra

“A minha história com a moda começou na infância. Minha avó era modista, tinha um ateliê de alta costura. Aí, minha mãe seguiu os passos e fundou a Arte Sacra em 1990. Eu e a Marcela tínhamos 12 anos. Então, nossa vida foi toda em contato com a moda, as coleções semestrais. Hoje, levamos em consideração o que fará essa mulher se sentir plena na hora de criar. Para mim, a moda é um direcionador, uma inspiração... São mulheres se espelhando umas nas outras. Aqui na Arte Sacra, somos 95% e provamos que temos uma força importante e grandiosa no mundo da moda. Temos capacidade de adaptabilidade, de entender, modificar, reinventar, mudar a direção. Temos um grande potencial, de entender uma mulher à outra, do que faz a mulher. Tudo isso sem perder a essência”, diz Carolina Malloy (à direita na foto).Juliana Figueroa/Divulgação

Luiza Oliveira, mestre em comunicação e moda e fundadora da plural Espaço de moda

“Há muitas controvérsias ainda na moda. As relações que estabelecemos por meio da vestimenta, dos objetos que portamos, podem ser controversas. Ao passo que podem significar empoderamento, podem significar submissão. Cada mulher pode dizer o que a moda significa para si. A partir disso, temos que ver que mulher é essa, de onde ela vem. Para mim, moda, do ponto de vista profissional, é a minha sobrevivência. É o modo como me mantenho, com meus cursos e serviços. Do ponto de vista pessoal, me traz uma série de discussões como os conflitos com aparência, o modo como me vejo, expresso. Penso também muito como um lugar para reafirmar e questionar identidades. Moda é um lugar político, também”.Francisco Dumont/Divulgação

Fernanda Thibau, diretora comercial da Alphorria

“Para mim, o significado da moda mora na própria essência da mulher. Ela consegue passar sentimentos e a visão que tem do mundo através da roupa. A Alphorria veste a mulher há 34 anos, temos um DNA forte do que queremos levar para elas com as nossas peças. Entendemos que cada uma tem sua personalidade, mas que a identidade feminina permanece sempre. Criamos para uma mulher forte, decidida, feminina, que busca conforto aliado ao bem-estar e qualidade dos produtos acima de tudo. Sou formada em Direito, atuava na área jurídica, fui professora universitária, e, há 9 anos decidi entrar para essa empresa que foi fundada pelos meus pais. Hoje atuo praticamente em todas as áreas e a paixão pela moda foi acontecendo de forma natural e tranquila”. Núbia Moor/Divulgação

Carla Mendonça, doutora em comunicação e moda e professora

“Sempre, historicamente, a moda fala do nosso papel social. Desde o início da história da indumentária temos a demarcação e até da emancipação feminina com a moda. Hoje não seria diferente, é isso elevado à enésima potência. A moda demonstra essa discussão que estamos fazendo pelo poder, as formas de mostrar o corpo, de lidar com o corpo, vão ganhando cada vez mais espaço. É uma luta por direitos iguais e não por privilégios. Exemplo é a roupa de festa feminina, até hoje poucos lugares aceitam a calça. A mulher está muito presente no chão de fábrica e isso poderia ser mudado porque o que achamos bonito, o padrão de beleza, ainda é decido por homens”.

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