Pandemia modificou jeito de morar: tendência, agora, são escritórios confortáveis e mais lazer

Patrícia Santos Dumont
pdumont@hojeemdia.com.br | @patriciafsdumont
25/10/2020 às 08:53.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:52
 (Fotos: Pexels/Divulgação)

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Desde que a pandemia se instalou no mundo, uma série de transformações físicas e comportamentais veio à tona. Não seria diferente no jeito de morar. Prova disso são as mudanças que já vêm se apresentando no mercado imobiliário, aquecido, a despeito de outros setores. Mas que tipo de imóvel escolher – casa ou apartamento? Mais área de lazer ou voltada para o trabalho? Arquitetos e engenheiros garantem que há um empate entre as preferências. Se trabalhar e curtir o lar agora caminham juntos, dá para ter de tudo um pouco, independentemente do local escolhido.

“A pandemia evidenciou a importância do nosso lar, o que, com certeza, alterou a concepção de projetos daqui para frente. Escritórios, áreas de lazer e privativas, espaços abertos, jardins, tudo está sendo revisto para acrescentar no aprendizado que houve com o isolamento social”, pondera Evandro Negrão de Lima Jr., especialista no mercado imobiliário e presidente da Sancruza Imóveis, em Contagem, na Grande BH

Escritório adequado

Pesquisa recente realizada pela consultoria Urban Systems, em parceria com as empresas de inteligência de mercado Prospecta e Brain, em Minas Gerais, mostrou, por exemplo, que muita gente está disposta a abrir mão de espaços antes cultuados – salas de estar e jantar e área de serviço – para ter um home office confortável. Conforme o levantamento, 28%, 26% e 27% das pessoas ouvidas topariam reduzir os respectivos cômodos.

37% dos mineiros consultados em uma pesquisa sobre mercado imobiliário realizada recentemente sentem falta de um espaço adequado para o home office

Diretor da Painel Arquitetos Associados, na capital mineira, Henrique Hoffman faz coro ao resultado da pesquisa. Segundo ele, conforto físico e também psicológico serão fundamentais daqui para frente.

Para além dos ambientes voltados para os escritórios, as varandas, no caso dos apartamentos, também devem aparecer como objeto de desejo de muita gente. Em BH, o fechamento desses espaços é proibido pela legislação municipal, já que configura acréscimo de área construída, mas muita gente ainda o fazia na intenção de ampliar as áreas sociais. Agora, na avaliação do arquiteto, deve haver uma mudança de postura dos moradores. 

“A tendência é diminuir as possibilidades de fechamento para prever um ambiente de ar livre, troca de ventilação, um respiro. Minha aposta é que a pandemia dará à varanda a função primordial dela novamente”, coloca o profissional.

Confira, na galeria abaixo, alguns prós e contras de morar em casa e em apartamento, para além das questões ligadas à pandemia:

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