Primeira Semana de Cinema Negro de BH começa neste sábado, gratuita e on-line

Luisana Gontijo
lgontijo@hojeemdia.com.br
10/04/2021 às 11:50.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:39
 (Divulgação)

(Divulgação)

Obras de cineastas negros brasileiros, africanos e da diáspora (dispersão de um povo em consequência de preconceito ou perseguição política, religiosa ou étnica) integram a 1ª Semana de Cinema Negro de Belo Horizonte, que pode ser acessada de forma gratuita e on-line, entre os dias 10 e 16 deste mês.

Serão 50 filmes, nacionais e internacionais, reunidos em cinco mostras (Maria José Novais Oliveira – Nossa atriz; Cinemas Africanos em revista: as origens do Fespaco; Surreal16 Collective, Um Novo Olhar para o Cinema Nigeriano; Cinema, negritude e poesia: uma homenagem a Sarah Maldoror e Cine-Escrituras Pretas), disponíveis na plataforma de streaming todesplay.com.br, e debates e discussões suscitados por esses conteúdos, assim como a abertura do evento, às 19h, que ocorrerão pelo YouTube. Divulgação

Atriz Maria José Novais Oliveira será a grande homenageada desta 1ª Semana de Cinema Negro de BH

A grande homenageada desta primeira edição será a atriz Maria José Novais Oliveira, Dona Zezé. Três filmes estrelados por ela – Alzheimer (2009), Quintal (2015) e o curta-metragem inédito Rua Ataléia (2021), dirigido por seu filho, André Novais Oliveira – serão exibidos na Mostra Maria José Novais Oliveira – Nossa atriz.

Escrituras Pretas
Idealizadora do evento, Layla Braz, formada em Cinema e Audiovisual, conta que a maior mostra do festival, em quantidade de filmes, será Cine - Escrituras Pretas, que apresentará 33 películas de realizadores negros de todo o Brasil, com curadoria de Tatiana Carvalho Costa, Natalie Matos e Vanessa Santos.

“Escrevi o projeto, enviei para a Lei Municipal de Incentivo à Cultura em 2019, coordenei mostras, oficinas. Esse trabalho vem sendo gestado há dois anos. É a primeira vez que estou assumindo a coordenação geral e direção artística de um festival. É algo que não imaginava dois anos atrás”, pondera Layla Braz, de 27 anos.

O cinema realizado por pessoas negras no Brasil está conseguindo, na avaliação de Layla Braz, transmitir muito bem esse lugar de fabulação, de outras formas de se enxergarem apresentadas pela sétima arte. “Essa produção faz com que se sintam representadas de alguma forma, se enxerguem de outra maneira, vejam similaridades com as suas vidas na tela”, define.

O conteúdo internacional do festival, que estará disponível por 24 horas, é vasto. Na Mostra Fespaco, por exemplo, cinco filmes vão contar a história do Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou, maior evento do cinema africano, realizado há 51 anos. 

Confira aqui a programação, com convidados nacionais e internacionais.

Leia mais a respeito:

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por