“Rage 2” segue a receita do original, mas com mais dinamismo e conteúdo

Marcelo Ramos
07/06/2019 às 18:44.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:01
 (id Software)

(id Software)

A grande maioria dos games que retratam o futuro o ilustra com uma fotografia grotesca. Geralmente a coisa fede por conta do próprio homem, uma epidemia ou até mesmo uma invasão alienígena. Mas em “Rage” o grande vilão é o 99942 Apophis. Ele não é um monstro ou vírus, mas uma pedra de 370 metros de diâmetro que perturba cientistas (de verdade) desde 2004. Na vida real, o Apophis poderia cair sobre nossas cabeças em 13 de abril de 2029. Depois a trajetória foi recalculada e o choque postergado para 2036 e revisto para 2068. Atualmente não há indícios de que ele irá nos visitar. Mas nem por isso os astrônomos se descuidam dele. 

Já no game, o asteroide caiu logo na primeira data e levou com ela quase tudo que vivia por aqui. No título de 2011 o jogador encarnava um sobrevivente, que fora congelado e acordou cerca de 100 anos após a colisão. 

Agora, em “Rage 2”, o jogador incorpora Walker, um dos últimos descendentes daqueles que nasceram antes do cataclismo. O protagonista pode ser um homem ou uma mulher, sem nenhuma alteração na campanha. O jogador escolhe o gênero que mais lhe agrada. 

Walker é o último ranger, que resistiu ao ataque da Autoridade, uma facção militar que impôs sua tirania nesse admirável mundo novo. O jogador precisa iniciar uma jornada para neutralizar o grupo e também lidar com tribos e gangues selvagens.

O jogo
Produzido pela id Software, “Rage 2” segue os preceitos do estúdio que definiu o gênero de Tiro em Primeira Pessoa. Ele mistura o FPS (First Person Shooter) com o gênero Action RPG, da mesma forma que a Ubsoft faz com a franquia “Far Cry”. 

Apesar de exigir exploração, diálogos entre personagens, cumprir tarefas, procurar por pistas, solucionar charadas e ter uma infinidade de missões secundárias, o game oferece sequências de combates acelerados e exageradamente violentos. É uma intensidade e brutalidade típicas dos games da id, como “Doom” e “Quake”.

Estética
“Rage 2” é um game bem desenhado, com cenários deteriorados. Os personagens são perturbadores, com aparência grotesca e modos nada ilibados. Numa ode a “Mad Max”, é um game que busca chocar pela agressividade, que reverbera nos diálogos.

Volante
No primeiro “Rage” o jogador precisa pilotar veículos para ir de uma cidade a outra. Mas era uma experiência limitada. Em “Rage 2” o jogador pode desbloquear diversos veículos, assim como roubar algum que estiver dando bobeira pelas estradas. Além disso, o game também permite que o jogador faça o que bem entender pelo imenso mapa do jogo. 

O problema é que sempre há inimigos pela paisagem árida, assim como naves da Autoridade que patrulham o deserto e não perguntam antes de bombardear seu carango.

Esses encontros são o que temperam o jogo. Muitas vez o jogador é interrompido em uma missão (relativamente fácil) para lidar com mutantes, maníacos e demais ameaças que cruzaram seu caminho, culminando numa sádica carnificina. 

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