'Resident Evil Resistance' coloca jogador numa bizarra experiência de laboratório

Marcelo Jabulas
@mjabulas
02/05/2020 às 08:58.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:24
 (Capcom)

(Capcom)

A Capcom lançou no início de abril o remake de "Resident Evil 3", uma game muito bem desenvolvido e bem mais frenético que a releitura de "RE2". E junto com a aventura protagonizada por Jill Valentine, a capcom incluiu o game "Resident Evil: Resistance". Trata-se de um multiplayer assimétrico em que um grupo de jogadores participa (a contragosto) de uma experiência para atestar a eficácia do vírus T, nos laboratórios da Umbrella. Mas o mais legal é que um dos jogadores fica no papel do cientista louco.

O game tem lógica semelhante a títulos como o recém-publicado "Predator Hunting Grounds", "Friday the 13th: The Game", "Dead by Daylight" e "Evolve". Ou seja, um grupo de habilidades limitadas contra um único personagem mais poderoso.

No entanto, há uma diferença em "Resistance" que o fato de o cientista não lugar cara a cara com os demais. Ele fica no conforto de sua cadeira plantando os desafios para os demais. O cientista chega a lembrar o mestre de um RPG de mesa. Ele tem a liberdade de adicionar inimigos pelo mapa, a medida que obtém êxito na caçada às cobaias. 

E assim como um RPG de mesa, um bom cientista é fundamental para dar graça ao jogo. Pois a capacidade desse personagem e armar as emboscadas e posicionar os zumbis e demais perigos faz toda diferença na experiência. 

O objetivo do cientista é não deixar que ninguém saia vivo dos cenários, que têm diferentes ambientações. Quanto maior o número de sobreviventes, menor sua pontuação final. Mas é preciso ser franco. Jogar como o cientista não é fácil. Afinal as cobaias ficam espalhadas pelo mapa, o que exige rapidez. Mas nem por isso deixa de ser divertido e bastante sádico.

A cobaia
Na outra ponta, o jogador que assume o papel da cobaia precisa cumprir com as tarefas de cada fase que leva a saída. O jogador pode até morrer e reiniciar, mas perde pontos na contagem final. 

A favor do jogador há um generoso arsenal, disponível em baús espalhados pelos mapas. Neles o jogador compra o que precisa: munição, curativos, antidotos, granadas e armas. A lista tem uma variedade que vai desde uma pistola, passando por metralhadoras, fuzis e lança granadas. 

O game coloca uma lista de seis personagens. Quando a sala se forma, o jogador deve ser rápido para escolher seu favorito, ou aquele que já recebeu melhorias. Há inclusive a opção de jogar com Jill Valentine, que figura como a personagem do mês de abril. Outros nomes da franquia serão adicionados à brincadeira.

Microtransações
Apesar de ser um conteúdo de "brinde" para quem comprou "Resident 3", todo mundo sabe que não existe almoço grátis. E a Capcom cobra a conta com microtransações dentro do game. 

Durante as partidas o jogador recebe créditos RP como recompensa pelo desempenho. Esses créditos permitem comprar caixas sortidas. Neles há itens de melhorias como ervas medicinais e outras tralhas do jogo. No entanto, há também baús cosméticos que custam 50.000 RPs.

É possível levantar essa pequena fortuna depois de muitas partidas. Mas a Capcom vende pacotes que vão de R$ 12 a R$ 125, que permite personalizar os personagens e adquirir equipamentos que os tornam mais competitivos. 

Fim de jogo
"Resident Evil: Resistance" é um conteúdo interessante. Trata-se de um game anexo que o jogador recebe ao adquirir "Resident 3". A brincadeira no labirinto é divertida, ainda mais quando se brinca de senhor do destino, controlando as aberrações. 

Na pele dos sobreviventes, o game exige velocidade, pois o jogador precisa encontrar chaves de acesso e ficar atento às ameaças surpresas. Pois sempre aparecem criaturas em locais que antes estavam limpas, por obra do cientista. 

Apesar de ter recebido críticas nas primeiras exibições públicas, "Resident Evil: Resistance" é um game divertido. E o melhor, veio de graça! 

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