Tem pouco espaço em casa? Confira dicas para cultivar um jardim variado e lindo... em vasos!

Patrícia Santos Dumont
13/12/2019 às 10:34.
Atualizado em 05/09/2021 às 23:01
 (Divulgação)

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O futuro prevê imóveis cada vez mais compactos, sem espaço para projetos mirabolantes ou excesso de mobília. Mas uma coisa é certa: dar um respiro dentro de casa para o caos urbano lá de fora é mais que essencial. Necessário. Missão para as plantas, que podem formar verdadeiros jardins, estejam elas em canteiros, nos parapeitos de janelas ou, porquê não, em vasos.

Acompanhando esse desejo, uma tendência tem ganhado força Brasil afora. A urban jungle (floresta urbana, em português) traduz a importância do verde não só como elemento decorativo, mas capaz de proporcionar conforto e acolhimento a moradores e visitantes de pequenos ou de grandes espaços. 

Floração suspensa, folhas que nascem menores que o habitual e raízes que aparecem na superfície do vaso ou pelos furos de drenagem são sinais de que algo vai mal com a espécie; observar a rotina da planta ajuda a mantê-la sempre verdinha e bonita o ano todo

Lucas Prates

Cactos e suculentas podem ser cultivados em qualquer ambiente, diz Maria Teresa Nolli, da Verde-Si, em Belo Horizonte, lembrando que plantas que não florem e raízes na superfície são sinais de falta de espaço

Proprietária do ateliê de plantas, decoração e design Verde-si, em Belo Horizonte, Maria Tereza Bittar Nolli diz que a única ressalva para se cultivar espécies em vasos diz respeito às plantas frutíferas que, em geral, requerem mais espaço para se desenvolver. Outra dica interessante é ficar de olho no desenvolvimento delas. “Geralmente, o primeiro sinal (de falta de espaço) é a sensação de que o vaso está pequeno para o tamanho da planta”, ensina Maria Tereza. Folhas que passam a nascer menores, floração interrompida e raízes que aparecem na superfície ou pelos furos de drenagem são outras pistas que atestam a vitalidade (ou falta dela) dos jardins cultivados em vasos. 

Praticidade

Quem não quer ter tanto trabalho para analisar tipo a tipo as espécies que serão escolhidas para dentro de casa pode optar pelas mais simples, de fácil trato, como suculentas e cactos, que requerem pouca rega. Ou ainda pelas folhagens, sugestão de Marina Tadeu, da Botânica do Mercado, loja localizada no Mercado Distrital do Cruzeiro, na capital. “As grandes são ótimas opções. Plantas como xanadu, costela de Adão, pacová e alocasia ficam lindas em vasos de portes e formatos diferentes. Quem quer otimizar o espaço pode apostar nas pendentes, perfeitas em suportes de teto, super em alta e práticos de instalar”, diz.

Marina também ensina a observar as necessidades individuais das plantas, que devem ser adubadas pelo menos uma vez ao ano, a contar da data de plantio da espécie. A escolha do vaso, reforça, também é essencial. “Caso queira que a planta cresça e se desenvolva, opte por um vaso largo. E nunca compre um modelo que não tenha furos no fundo. Do contrário, o solo ficará encharcado e as raízes apodrecerão”, enfatiza a profissional. Divulgação

Projeto elaborado por Marina Tadeu, da Botânica do Mercado, concentra o jardim num espaço só da sala

Diferentes tipos de vasos:

– Cerâmica: retêm umidade e mantêm a terra sempre fresca, sendo recomendados para acomodar plantas que exigem regas frequentes
– Concreto ou cimento: por causa do peso, são indicados para áreas externas, onde devem ficar fixos. O ideal é colocá-los sobre lajes ou em solo natural
– Madeira: são quase um tipo de cachepô, pois demandam uso de um vaso de plástico ou caixa de zinco para o plantio da espécie. Servem tanto para dentro quanto para fora de casa, mas devem ser abrigados da chuva
Vidro: são indicados somente para flores de corte e arranjos temporários, pois não deixam a água escoar, podendo levar ao apodrecimento das raízes da planta
– Plástico comum: são leves e baratos e podem servir de base para diferentes espécies, sendo reutilizáveis<EM>
– Pedra: o ideal é usá-los como cachepôs, plantando a espécie num vaso de plástico, por exemplo, material menos poroso. Podem ser colocados em ambiente internos ou externos

Anote sugestões para acertar nas escolhas:Pinterest/Divulgação

Embora apareça com frequência em canteiros, pode ser facilmente cultivada em vasos, inclusive pequenos, como o do ambiente ao lado. É resistente e pode ser mantida em pleno sol ou à meia-sombra. Vive bem em ambientes externos ou dentro de casa. Regue uma vez por semana, tomando cuidado para não encharcar o solo. Água em excesso apodrece as raízesPinterest/Divulgação

Clássica entre quem gosta de planta, é fácil de cultivar e exige poucos cuidados no dia a dia. O ideal é mantê-la longe de sol direto, mas em ambientes iluminados e bem ventilados, como os banheiro, por causa do vapor do chuveiro. Molhe somente quando observar que o solo está seco, evitando excesso de água, inclusive no pratinhoPinterest/Divulgação

É bem resistente à falta de água, exigindo poucas regas e em intervalos espaçados. Não necessita de muita luminosidade para se desenvolver – quanto mais escuras as folhas, menos luz é necessário. Vive bem, portanto, em ambientes internos e pode ser mantida tanto em vasos menores, como na foto ao lado, quando maioresPinterest/Divulgação / N/A

No ambiente ao lado, o destaque vai para a jiboia, planta vistosa e que tem facilidade para se desenvolver em diferentes substratos. No cantinho esquerdo da foto, porém, está a costela de Adão, opção para quem não tem tanta afinidade com o universo da jardinagem. A espécie é fácil de cuidar e exige pouca atenção, mas bastante luz natural Pinterest/Divulgação / N/A

Quem tem pouco espaço no chão pode apostar nos suportes aéreos, que estão super em alta deixam o ambiente verdinho e bastante charmoso. Neles, vão bem plantas como jiboia, hera, cissus, chifre de veado, lambari e columeias, que precisam de pouca água ao longo da semana, podendo ser só borrifadas no dia a dia

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