Testamos a Samsung Q80T, televisor 4K que se conecta com tudo para atrair as atenções novamente

Marcelo Jabulas
@mjabulas
08/08/2020 às 01:40.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:14
 (Marcelo Jabulas)

(Marcelo Jabulas)

Por muito tempo a televisão se tornou o centro da casa. O que acontecia no mundo, só acontecia quando era televisionado. Gerações foram (e ainda são) “educadas” pela TV. Mas fato é que o aparelho perdeu relevância nos últimos anos. Computadores, tablets e notebooks passaram a incorporar funções do televisor. Isso sem falar do smartphone, que absorveu tudo: câmera, videogame, cinema, música e tarefas que eram relegadas aos PCs. Mas a TV quer retomar seu trono e ser novamente o centro da atenções, como é o caso da Samsung Q80T Samart 4K, que faz parte da linha de ponta da marca sul-coreana, a QLED.

Mas o que é tão diferente? A começar pelo aparelho em si. A Q80T testada tem 55 polegadas, mas numa área de 138x55 cm. Ela tem dimensões menores que a velha TV de plasma de 51 polegadas, que cedeu lugar a ela para o teste. O segredo está na borda infinita. Outro detalhe são as canaletas que permitem que o fio de energia e demais cabos corram por trás, sem ficarem à mostra.

A segunda diferença é que a Q80T tem resolução 4K, que é um salto significativo diante da velha tela FullHD. Além disso, a tela se ajusta à iluminação do ambiente. Nada de fechar cortinas. Ela ajusta contraste e iluminação de forma automática para garantir sempre a melhor qualidade de imagem possível. Parece papo de vendedor mas funciona mesmo. Até o volume se ajusta de acordo com o nível de ruído do ambiente. 

4K

Televisores 4K já se popularizaram no Brasil. Hoje há modelos com preços abaixo de R$ 2 mil. Muita gente questiona que não percebe diferença, uma vez que o sinal aberto é HD (720p) e só consegue elevar a qualidade em conteúdos no YouTube ou na Netflix. De fato esse é um questionamento habitual. No entanto, a Q80T busca se destacar com seu processador Quantum 4K, que conta com um banco de dados que armazena fragmentos de imagens. 

O que ele faz é completar com pixels uma imagem com definição menor e elevar a resolução. É o chamado Upscaling. A TV consegue fazer essa melhoria não apenas em conteúdos transmitidos via WiFi (YouTube, Netflix, Globoplay e Amazon Prime), mas também em fontes via HDMI, como Blu-Ray e consoles de videogame. 

Games

E por falar em games, que são a “cachaça” deste que vos escreve: essa TV também permite melhora de imagem nos jogos atuais. Ela se comunica com o aparelho para ativar funções como HDR, assim como é capaz de ajustar a troca de quadros e resposta dos comandos, para que não ocorra atrasos.

Mas deixar um PS4 mais bonito é mais que obrigação, correto? Certíssimo. Por isso ligamos um Mega Drive na entrada AV (que tem conexão P2 e um cabo adaptador exclusivo). O resultado foi uma melhora considerável na qualidade de imagem do veterano da Sega. 

Para isso foi necessário ajustar os níveis de ruído e reduzir a nitidez de imagem para o nível mínimo. Claro que não fica perfeito como os filtros de um emulador, que são capazes de simular as linhas de varredura de uma TV de tubo, mas o resultado é agradável aos olhos.

Áudio

Qualidade de som é algo que tem sido aprimorado em sistemas domésticos. Desde os sistemas 5.1, que espalhavam caixinhas pela sala aos modernos soundbars que transformam a casa numa boate. Essa TV conta com um sistema de áudio com diversos alto-falantes dispostos em diferentes pontos do aparelho. 

Ela faz a distribuição de acordo com a cena, proporcionando um efeito semelhante ao das salas de cinema. Além disso permite conexão bluetooth com fones de ouvido e conexão sem fio com soundbar. 

A qualidade impressiona: dá para assistir a um show do Pink Floyd numa boa, ouvindo as diferentes frequências e timbres. Ou seja, para as lives do momento é uma beleza. Só precisa escolher o artista certo, pois mágica a TV ainda não faz.

Conexão

Mas o grande barato dessa TV é sua conectividade. A Q80T conversa praticamente com todos os dispositivos que estiverem na mesma rede WiFi. Ela permite espelhar computadores, tablets e smartphones de maneira imediata. Basta procurar o ícone de streaming nos aparelhos. 

Ou seja, se a tela do notebook estiver pequena para trabalhar, dá projetar nas 55 polegadas do modelo. Se o amigo gosta de jogar games no celular e quer ampliar o campo de visão, é só transferir para o televisor.

Streaming e assistentes

A Q80T, como toda TV smart permite acessar web e serviços de streaming. No entanto, ela conta com um controle remoto com poucos botões, que funciona como um joystick. Canais, volume, home, voltar, mudo e uma roda de navegação. 

Ele oferece botões exclusivos para serviços Amazon Prime, Globoplay e Netflix. Basta tocar que já acessa o serviço. Ele ainda conta com um botão com ícone de um microfone. Por ele é possível fazer pesquisas que são respondidas pelo serviço Alexa, da Amazon. Inclusive é possível trocar de canal e ajustar volume por comando de voz, sem uso do controle.

Palavra final

A linha 2020 da família QLED chega ao mercado com funcionalidades que fazem com que a TV volte a ser o centro de entretenimento da casa. Agregar dispositivos e ter serviços de streaming a um toque do controle podem parecer argumentos supérfluos, mas fazem muita diferença no uso cotidiano. Tudo funciona como na realidade de um filme. O áudio é limpo, assim como o ajuste automático de imagem garante conforto visual. Mas é o que se espera de um televisor que custa entre R$ 5.600 e R$ 6 mil, ainda mais nesses dias de isolamento social. 

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