Testamos ‘Ghosts ‘n Goblins: Resurrection’, que resgata clássico da velha guarda

Marcelo Jabulas
@mjabulas
05/06/2021 às 10:13.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:06
 (Capcom/Divulgação)

(Capcom/Divulgação)

A Capcom acaba de publicar “Ghosts ‘n Goblins Resurrection”, que chegou no primeiro trimestre para Switch e que agora estreia no PC (R$ 90), PS4 (R$ 150) e Xbox One (R$ 130). O novo “GnG” coloca mais uma vez o jogador na pele do cavaleiro Arthur em sua armadura. Ele precisa derrotar o grande vilão que aterroriza seu reino. No entanto, a nova produção faz uma espécie de mistureba de seu antecessores “Ghosts ‘n Goblins” com “Ghouls’n Ghosts” e “Super Ghouls’n Ghosts”. 

Na verdade, os games seguem o mesmo padrão de jogabilidade. O jogador dispara lanças, machados, facas e tochas, tem sua armadura como proteção primária e caso seja atingido fica de cuecas. Em “Resurrection” a Capcom facilitou a vida do jogador.

Isso porque os golpes atingidos vão desmontando a armadura de forma gradual. Traduzindo: significa que nos games dos anos 1980 e 1990 o jogador tinha apenas dois pontos de vida. Agora, tem muitos outros. 

Suave

Outra faceta do título é que as vidas são infinitas, há ajuste de dificuldade e é possível salvar o progresso. Pode parecer uma colher de chá demasiada, mas há uma explicação. Quando a Capcom lançou o primeiro episódio da franquia, ele foi projetado para arcades. 

Assim, era preciso ser extremamente difícil para poder consumir o máximo de fichas dos jogadores, além de ter poucas vidas e um cronômetro com apenas dois minutos até o próximo ponto de controle. Tudo isso para tornar cada minuto de jogo rentável. Afinal, não faria sentido se uma única ficha consumisse horas de jogo.

Agora, o cenário é outro. O game precisa ser dominável. O jogador precisa ser estimulado a chegar até o final. Isso porque o feedback é imediato. Se o game é impossível de ser vencido, o jogador troca por outro. 

Afinal, há milhares de games ao alcance de poucos cliques e comentários devastadores a poucos caracteres de distância e grande potencial de viralizar. Assim, o game deixou de ser um devorador de fichas metálicas para ser um ambiente capaz de manter o jogador imerso. 

Na prática

Mas o grande barato desse game está na mistura da qualidade gráfica moderna, com as referências do passado. O jogador pode percorrer as fases de “Ghost ‘n Goblins” e “Ghouls’n Ghosts” de forma paralela. O game permite que o jogador escolha a final de cada estágio se joga na mesma linha ou alterna com o segundo game.

Se a armadura se desmancha de forma paulatina, as armas de Arthur são as mesmas de outrora. Lança, machado, tocha estão lá para serem arremessados nos inimigos. Os baús de tesouros também estão no game, com novas armas e armaduras melhoradas. 

E é claro, do baú também pode sair aquele maldito feiticeiro que pode transforma o jogador em idoso ou pato. Mas não tem o mesmo efeito que no passado, quando essa perda de capacidade de combate era praticamente uma vida a menos.

Palavra final

“Ghosts ‘n Globlins Resurrection” é uma justa homenagem a uma das mais antigas e populares franquias da Capcom. Um game atemporal que ainda pode ser encontrado em suas edições mais famosas para plataformas como PC, PS4, Xbox One e Switch.

A evolução visual e novos elementos de jogabilidade o tornam menos sádico que as edições do passado, fatores que elevam a fluidez do game. Uma dica é jogar e depois rodar os antigos, que estão disponíveis no pacote Capcom Arcade Stadium. O amigo vai descobrir como a banda tocava na década de 1980.

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