Teste: Levamos o Samsung Odyssey 2 ao limite

Marcelo Jabulas
@mjabulas
20/03/2020 às 20:47.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:02
 (samsung)

(samsung)

Rodar games num notebook nunca foi algo satisfatório. Os computadores portáteis geralmente contam com hardware mais modesto que os desktops por uma questão espaço físico. Mas a indústria conseguiu chegar lá e atualmente os notebook gamers oferecem desempenho superior aos dos consoles modernos. E um deles é o Samsung Odyssey 2, que chegou no segundo semestre de 2019, com versões de R$ 6 mil e R$ 9 mil.

O Odyssey 2 não é um equipamento barato. Sua versão mais simples equivale ao que é cobrado por um bom aparelho para trabalho. Além disso, custa o mesmo que um PS4 Prox e Xbox One X juntos. Mas ele entrega alta performance para quem quer jogar games pesados com desenvoltura ou perda de qualidade visual.

Testamos o Odyssey em sua configuração mais sofisticada. Ele é equipado com um placa de vídeo Nvidia GeForce RTX 2060, 16 GB de RAM, processador Intel Core i7 de nona geração, além de HD de 1TB e SDD de 512 GB, atributos que fazem dele uma máquina muito poderosa. 

Bafo quente
Mas todo mundo sabe que alto volume de processamento gera muito calor e o segundo problema de um notebook é que como tudo fica muito juntinho dentro do chassi, falta espaço de ventilação. A solução encontrada pelo fabricante foi o uso de um sistema semelhante ao de um radiador de carro. 

O notebook conta com duas ventoinhas e uma tubulação onde corre um líquido refrigerante que circula pelos componentes para manter a temperatura estável. Em nossos testes, rodamos games de corridas pesados como "Need For Speed: Heat", "Forza Horizon 4", "Assetto Corsa", "Project CARS" e "DiRT Rally". Esses games exigem muito da máquina pois têm trocas de frames muito rápidas e uma grande quantidade de elementos móveis. 

Em todos os casos, a temperatura do processador não ultrapassou 90 graus celsius. Já a placa gráfica chegou a até 75 graus. O sistema é tão eficaz que, ao fechar os games, rapidamente a temperatura baixava e as ventoinhas reduziam a rotação.

Dojão
Se fossemos fazer uma analogia com o mundo do automóvel, um notebook de entrada seria um carro popular 1.0 e o Odyssey 2 um Dodge Charger R/T. E se a performance dele se equivale a um V8, o consumo não fica para trás. 

O Odyssey 2, quando usado para games deve ser jogado na tomada. Não que não seja permitido jogar na bateria. Mas fato é que ela irá durar pouco e limitar a performance. Ou seja, compromete a experiência. 

Ergonomia
O notebook tem um grande trackpad que permite que o jogador rode games de estratégia sem depender de um mouse. Ele também diferentes funções que demandam um pequeno treino. Para uso cotidiano funciona muito bem.

Já o teclado, que inclui teclas numéricas na lateral direita, tem iluminação própria e as teclas W, A, S e D. No entanto, como é deslocado para esquerda, a posição de digitar é confusa e exige paciência para pegar o jeito. Toda hora é preciso usar os indicadores para localizar os ressaltos nas teclas F e J.

A experiência
Para nosso teste rodamos uma lista generosa de games. Além dos títulos de corridas que citamos acima, também jogamos "Resident Evil 2", "Beyond Two Souls, "Heavy Rain", "Cuphead" e "Heavy Metal Machines". E todos eles rodaram com o máximo de resolução e efeitos possíveis, com gráficos a 2k, que garantiu uma qualidade de imagem impressionante.

Palavra final
O Odyssey 2 é uma máquina sofisticada e cara. Quando se pensa em games, pode ser um investimento alto. Afinal, a versão testada custa R$ 9 mil, grana que daria para montar um bom senhor desktop. No entanto, seu grande barato é mobilidade. 

Mas muito além de ser um equipamento para diversão, o Odyssey se apresenta como uma boa ferramenta para quem trabalha com softwares de edição como Adobe Premier, After Effects e Vegas Pro. E quando se pensa que o sujeito que busca essa finalidade sempre flerta com um Macbook Pro similar não sai por menos de R$ 24 mil. 

Agora, ele ficou até barato!

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