Já ouviu falar em pneu verde? Já viu algum com esta cor por aí?
Pode desistir: o verde se refere ao pneu ecológico, que reduz o consumo de combustível e emissões. Mas é tão preto como os demais. E qual a sua novidade?
Durante muito tempo tentou-se produzir pneus com um composto diferente, para torna-lo mais rígido e menos flexível na banda lateral. Mas não se chegava a um pneu com estas características – necessárias para reduzir sua temperatura de operação – que não prejudicasse a estabilidade do carro.
Mas surgiu uma solução, aplicada nestes pneus chamados de “verdes”. Aliás, já estão em sua segunda geração, chamada de “super verde”.
A diferença do pneu “ecológico” está na composição da borracha, que substitui o tradicional “negro de fumo” pela sílica. Este novo composto reduz sua flexibilidade mantendo a resistência. Ele é mais rígido, reduz a temperatura e a resistência à rolagem. Mas não prejudica a estabilidade.
Como se comprova a característica do pneu verde, de que ele realmente reduz o consumo por reduzir a resistência à rolagem? Com um teste chamado “coasting”: acelera-se o carro numa reta asfaltada até atingir uma determinada velocidade. Joga-se então o câmbio em ponto morto e o carro continua rodando pela inércia. Mede-se a distância percorrida até sua completa imobilização.
Coloca-se então no mesmo carro um jogo de pneus verdes e repete-se a operação, acelerando e jogando ponto morto nos mesmos pontos. Mede-se novamente o trecho percorrido pelo carro até ele se imobilizar: tem que ser maior pois a resistência à rolagem foi reduzida.
Alguns pneus já fazem constar na banda lateral a inscrição “verde” para diferenciá-los. E também justificar seu preço, pois custam mais que os normais.