
A Polícia Federal prendeu, até o final da tarde desta segunda-feira (13), 41 pessoas sob suspeita de envolvimento com uma quadrilha que fraudou pelo menos R$ 28 milhões do Dpvat (seguro obrigatório de veículos).
Entre os detidos estão policiais civis e militares e agentes de seguros. Segundo a polícia, há envolvimento também de servidores públicos, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e dentistas.
A PF não informou onde aconteceram as prisões, mas a operação, chamada "Tempo de Despertar", ocorreu de forma simultânea em Minas, Goiás, Espírito Santo, Bahia e Brasília. Ao todo, cerca de 220 policiais federais atuaram na operação.
Além dos mandados de prisão, também foram expedidos sete mandados para conduções coercitivas (quando o investigado é obrigado a prestar depoimento) e 61 de busca e apreensão.
De acordo com a investigação da PF, em parceria com o Ministério Público, a Corregedoria da Polícia Civil e a Polícia Militar de Minas Gerais, o grupo utilizava vários métodos para fraudar o seguro Dpvat.
Um dos métodos era falsificar assinaturas em procurações e declarações de residência falsas.
O grupo também, ajuizava ações, de forma simultânea, em comarcas distintas, sem relação com o local do acidente e sem que as vítimas tivessem conhecimento do processo, segundo a polícia.
ESTELIONATO
Os suspeitos poderão responder judicialmente pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, falsificação e uso de documentos públicos, corrupção ativa e passiva e facilitação ou permissão de senhas de acesso restrito a terceiros.