Adiamento de CPI é alvo de crítica durante entrega de medalha em MG

Patrícia Scofield e Danilo Emerich - Hoje em Dia
21/04/2014 às 21:02.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:14
 (FLAVIO TAVARES/JORNAL HOJE EM DIA)

(FLAVIO TAVARES/JORNAL HOJE EM DIA)

OURO PRETO – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, orador oficial da solenidade de entrega da Medalha da Inconfidência na noite de ontem, classificou como “equivocada” a decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RN), de adiar a instalação da CPI da Petrobras na Casa. Ele acusou o governo Dilma Rousseff (PT) de fazer “leitura política” do caso.

Segundo Aécio, o governo federal atuou “fortemente” para evitar a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito, que ele chamou de “demanda da sociedade, e não da oposição”, ao tentar impedir o recolhimento das assinaturas mínimas necessárias.

A decisão de Renan foi gravemente equivocada, está impedindo que daqui para frente o Legislativo investigue”, afirmou. “O governo Dilma já está atuando fortemente para evitar a CPI. Mas, obtidas as assinaturas, não há mais o que fazer”.

Conta de Luz

O governador Alberto Pinto Coelho (PP) comentou a polêmica entre os governos estadual e federal sobre o aumento na tarifa de energia elétrica. Nas últimas semanas, Cemig e Agência Nacional de energia Elétrica (Aneel) trocaram acusações sobre a paternidade do reajuste. “O pano de fundo disso é a política nacional equivocada em relação ao setor de energia, que desdobrou no reajuste das tarifas”, resumiu.

Simbologia

A entrega da Meda lha da Inconfidência é talvez a cerimônia mais tradicional do governo mineiro. Durante o evento, sempre no dia 21 de abril, a capital do Estado é simbolicamente transferida para Ouro Preto. Este ano, também foram comemorados os 30 anos do Movimento que ficou conhecido como Diretas Já, marco da redemocratização do país, além dos 25 anos da Constituição Mineira.

Uma das 240 personalidades agraciadas com a Medalha da Inconfidência foi o presidente do PSDB de São Paulo, Duarte Nogueira. 

Sem populares

Ao todo, a Polícia Militar destacou cerca de 900 militares para manter populares e manifestantes afastados da Praça Tiradentes, onde a solenidade foi realizada. Várias barreiras foram montadas em diversos pontos de Ouro Preto, impedindo o acesso de carros e pessoas ao centro histórico. Apenas grupos de militantes governistas puderam acompanhar de perto a solenidade.

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