O advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, impetrou segunda-feira, 24, um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, no qual pede a liberdade do diretor da Polícia Legislativa da Casa, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, preso na última sexta-feira, 21, sob a acusação de liderar um suposto esquema de tentativa de embaraçar a Operação Lava Jato. O diretor estava no cargo havia 11 anos e teve contra si decretado o afastamento das funções públicas por ordem da 10ª Vara Federal de Brasília, responsável por deflagrar a operação.
Pedrão, como é conhecido, é o único dos quatro detidos na semana passada que ainda permanece preso depois da ação da Polícia Federal. O grupo havia sido acusado de retirar escutas telefônicas de aparelhos em imóveis particulares e funcionais ligados a dois senadores investigados na Operação Lava Jato - Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Fernando Collor (PTC-AL) - e dois ex-senadores, Lobão Filho, suplente de Edison Lobão (PMDB-MA), alvo da Lava Jato, e do ex-presidente José Sarney.
Leia mais:
Policial do Senado denuncia missão para Sarney
Advocacia do Senado prepara resposta jurídica para a ação da Polícia Federal
Maia diz ter dúvidas se a ação da Polícia Legislativa estava errada
‘Homem de confiança’ ordenou varreduras, diz juiz
'Processos judiciais têm que ser públicos', defende Sérgio Moro
PF faz operação para desarticular 'associação criminosa armada' no Senado