O apoio ao juiz federal Sérgio Moro já alcança 1.340 adesões de magistrados em todo o País. A grande mobilização da toga foi desencadeada em março, depois que o juiz da "Lava Jato" sofreu pesadas críticas da presidente Dilma e do PT por ter determinado a condução coercitiva do ex-presidente Lula e por ter dado publicidade aos autos da Operação Aletheia - fase da "Lava Jato" que pegou o petista.
A primeira contagem, de 22 de março, apontava a adesão de 752 juízes de todos os segmentos, principalmente estaduais, federais e do Trabalho. Nesta quinta-feira, 14, o abaixo-assinado de apoio a Moro e ao fortalecimento e à independência do Judiciário bateu na casa de 1.340 adesões.
Moro é titular da 13.ª Vara Federal de Curitiba, base da "Lava Jato". Ele conduz todas as ações penais decorrentes da investigação sobre esquema de corrupção e cartel na Petrobrás entre 2004 e 2014. O movimento por Sérgio Moro não tem qualquer apoio associativo e foi idealizado através das redes sociais em grupos fechados de juízes.
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A juíza federal do Rio de Janeiro Márcia Ferreira faz uma ponderação. "Diante do atual cenário de grave crise política e institucional e, considerando os recentes ataques perpetrados em face da independência funcional do colega Sérgio Moro, mais de 1.300 magistrados brasileiros manifestam apoio à serenidade, à coragem, à bravura e à independência do nosso colega de Curitiba. Somente um Poder Judiciário independente e livre de pressões políticas pode assegurar a salvaguarda dos direitos previstos na Constituição Federal, e impedir rupturas no Estado Democrático de Direito."
O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Edison Barroso, afirma que Moro "cumpre o dever de magistrado, como se deve".