Por 9 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal (DF) e também a prisão de Anderson Barros, ex-secretário de Segurança distrital. Os pedidos haviam sido feitos por Alexandre de Moraes.

O julgamento ocorreu em sessão virtual. Seguiram a decisão de Moraes os ministros: Gilmar Mendes, Edson Fachin, Carmen Lúcia, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. Apenas André Mendonça e Nunes Marques, ambos indicados por Jair Bolsonaro.

Ibaneis foi afastado na madrugada de segunda (9), após os ataques em Brasília. Alexandre de Moraes alegou que o ex-governador foi conivente e não atuou de forma para que os atos golpistas fossem evitados.

Já Torres teve sua prisão expedida na terça (10). O ministro também autorizou buscas na casa do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL). Ele estava nos Estados Unidos no dia dos atos terroristas.

Ataques em Brasília

Milhares de manifestantes bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, e praticaram atos de terrorismo contra os prédios do Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Um rastro de destruição foi deixado no local.

A invasão começou após a barreira formada por policiais na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa. O Ministério da Justiça informou que cerca de 1.200 pessoas foram presas.